30 Antes da Guerra -
Forever by Fireflight
Via Anjos à minha volta, o espaço era de uma luz branca pura! Sorriam para mim e eu para eles, diziam-me... “Tu estás apenas de passagem”
-Marg! O que é que ela tem! – Bill chorava, estava assustado!
-Ela confessou uma vez que tinha dores de cabeça muito forte, e foi-me mantendo sob alerta, e de facto tem piorado, eu desconfio que ela tem cancro cerebral, mas primeiro precisamos de a examinar! – Marg! Estavam todos no quarto do hospital no piso da neurocirurgia; Olhando Mer dormindo com um sorriso, ainda inconsciente, mas viva...
-Ela vai morrer!? – Bill agarrava-se ao irmão! Chorando!
-Só te darei essas conclusões depois das análises! – Marg! – Agora vão ter de ir para a sala de espera!
Pouco depois...O Georg, o Gustav, a Callie apareceu, mas foi de novo trabalhar; o David, a Natalie, até o Tobi, o segurança mais estimado da Mer, estava na sala de espera! Bill estava aninhado ao irmão amargurado e angustiado! De repente 1 hora depois da entrada de Meredith, Margret veio apresentar o relatório!
-Ela tem Cancro Cerebral Primário, o que é positivo porque se fosse secundário, teria de ter outro ainda em alguma parte do corpo; É recente, por isso é curável com uma cirurgia, que eu própria farei! Mas, há um problema!
-Qual é!? – Tom!
-Quando fizemos a ressonância magnética, para ver se ela tinha um cancro no estômago, pulmões...Quando observamos o útero...
-O quê!? – Bill!
-Bem estão lá dois fetos muito pequenos devem ter um mês e meio desde a sua concepção! – ela sorriu! – O risco da cirurgia aumenta por causa dos bebés!
-Margret! Não a deixes morrer! Por favor! – Bill!
Passaram-se 3 horas e meia desde o início da cirurgia...
-Bill já a podes vê-la está no quarto há-de acordar em breve, assim que passar a anestesia! – Marg!
Bill
Caminhei fracamente até ao quarto onde estava, as lágrimas escorriam, tive muito medo de viver na sua ausência, mas também não aguentaria, tal cruel realidade! Amo-a mesmo antes de o descobrir, o coração nasce connosco, mas este já tem a vida toda dentro de si, e ele vai nos guiando... Entrei, coloquei a minha mão sobre a dela, e de repente ela abriu os olhos!
-Bill! – sorriu! Tocou na sua cabeça e sentiu a ligadura, começou a chorar! – Perdi o meu cabelo! Nem na tropa eu deixei que isso me acontecesse! O que se passou! – abracei!
-Foi-te diagnosticado cancro cerebral primário, mas o tumor já foi retirado, é por isso que não tens cabelo, mas ele vai crescer, tu és linda de todas as maneiras! – sussurei-lhe ao ouvido, soltamo-nos! – Tenho saudades do Allen!
-Eu já falei com a minha mãe, ele está bem, o Tom e a Ely vão buscá-lo a ele e a Alice!
-Eu tive de ir Bill!
-Para onde!?
-Fui falar com os Anjos! Não me lembro do que me disseram! Só de me dizerem que estavam de passagem! O resto eu devo saber, mas devo lembrar-me apenas na altura certa, tenho de confiar no meu coração!
-Eu pedi-lhes que te trouxessem de volta, Meredith!
-Eu sei eu conseguia ouvir-te na minha mente Bill!
-Amo-te sabias! – ri-me!
-Eu também! – finalmente via de novo o seu magnífico sorriso!
Fomos interrompidos...
-Mami! Papi! Tão onde? – Allen!
-Allen! – Bill! – Olha Mer, ele está a andar!
-Filhote, tas muito crescido! –Mer!
-Mami! O que te fi...ze...ram?
-A Mãe ficou doente, mas agora já estou melhor! Lá em casa quando já não houverem mais médicos, eu vou precisar de um, podes ser o médico da mãe!?
-Sim! Papi! Podes me por ao colo da Mami!
-Claro! Anda cá! – o pai babado agarrou no filho e colocou ao colo da mãe na maca!
Meredith
Ao vê-los junto a mim, sorrindo! Quase que nada me aconteceu, mas isto é apenas o rumo à guerra, é o Antes! Mais ventos e vendavais viram, perigos e batalhas! Mas, uma família tem de sofrer estas coisas, para se unir cada vez mais!
-Meredith, a Marg disse-me que vamos ser outra vez pais, viram dois fetos na mesma placenta, vamos ter gémeos!
-A sério! Eu sempre quis gémeos!
-Vou ter dois manos! Boa, Mami, agora já não brinco só com a Alice!
Rimo-nos os três, ou melhor os Cinco!
29 Um Anjo Forte -
Strange by Tokio Hotel & Kerli
Os netos ficaram com a avó Simone! E nós ficamos os quatro em casa!
-Bill! Apetecia-me cantar!
- Vamos até ao estúdio!
- Ely, Tom larguem a TV! Vamos gravar!
Fomos os quatro! Nós os dois cantamos, escolhemos a música Strange que os TH gravaram com a Kerli! O Tom e a Ely, fizeram o que sabem fazer melhor tocar guitarra!
Bill
A freak of nature
Stuck in reality
I don’t fit the picture
I'm not what you want me to be
Sorry
Bill e Eu
Under the radar
Out of the system
Caught in the spotlight
That's my existence
You want me to change
But all I feel is…
Strange, strange
In your perfect world
So strange, strange
I feel so absurd in this life
Don't come closer
In my arms,
Forever you'll be strange, strange
Foi muito divertido estarmos os quatro a gravar!
Antes de sairmos do estúdio eles ainda tiveram a tocar outros instrumentos! De repente a dor de cabeça voltou, comecei a ver tudo à roda... Apoiei-me à cauda do piano, parecia que cada vez que o Tom tocava um acorde da viola, uma explosão na minha cabeça dava-se! Senti-me fraca, mas ao mesmo tempo forte! Estavam distraídos a prestar atenção à melodia!
-Bill! – gritei antes de poder ficar inconsciente! – Liga à Marg! Ela sabe o que fazer!
-Meredith! Tu és um Anjo muito Forte! – agarrava-me na mão, abracei-o e deixei-me cair para cima de si!
28 Aniversário
Tea Party by Kerli
A Alice e o Allen davam-se muito bem apenas com um ano de idade! Brincavam juntos, comiam, dormiam...faziam tudo ao mesmo tempo!
Havia bolos por todo o lado, crianças de todos os lados da família, amigos, pais, avós... A mansão estava cheia; aquele espírito infantil era de facto algo inocente e extremamente agradável! As avós andavam babadas com os netos ao colo, os avós falavam alegremente...
Depois de partirmos o bolo, abrimos as prendas, eles eram tão pequeninos!
Depois da festa acabar! Fomos dormir! Nessa noite, e noutras tantas desde que estes nasceram, que em vez de dormirem dois em cada cama passaram a ser três!
Acordei com uma dor de cabeça horrível, e as mesmas sensações de desequilíbrio, náuseas! Como sempre ignorei! Distraí-me com Allen que gatinhou por cima da cama levando os dedos a cara do pai, queria que ele acordasse comecei a rir-me!
-Allen! Deixa o pai fazer Ó, Ó (dormir)! – ele ria-se e desequilibrava-se!
-Bom dia Bebé! – e finalmente conseguiu acordar o pai! Bill agarrou logo no filho ao colo!
De repente o Tom entra no quarto com a pequena Alice ao colo brincando com o brinco do pai na orelha! Rindo-se!
-Bom dia! Já vi que não foi só a Alice que acordou cheia de energia! – o Allen também brincava com o piercing do pai no nariz!
-A Ely ainda dorme!?
-Não está acordada na ronha! Não quer sair da cama!
-Eu vou ter com ela! Tomem conta desses dois! E não esperem por nós para tomar o pequeno-almoço!
Dei um beijinho ao Allen e depois à Alice! Corri até ao quarto deles! Ela estava deitada de barriga para cima olhando o tecto! Deitei-me a seu lado, e ela abraçou-me!
-Eu disse-te que os nossos sonhos se iam concretizar! – deu-me um beijo no pescoço, e riu-se!
27 9 Meses depois...
Alice by Almost Alice
Estávamos de férias em Tóquio, os meninos iam lá para a promoção do Humanoid finalmente naquela cidade! Adoro o espírito, as pessoas, a língua...
A tarde de Março vista da janela do quarto do hotel da cidade era tranquilizada pela chuva, estava um pouco de frio, mas nada que uns agasalhos não acalmassem!
-Estamos que nem duas baleias com estas barrigas!
-Pois estamos Ely, mas estamos mais bonitas que nunca graças a elas!
-Não sei se foi boa ideia termos vindo com eles! È que já estamos na data prevista para o nascimento de ambos!
-Hoje é 3 de Março! Pois tens razão! Mas, amiga, eu prometo-te que aconteça o que acontecer nós vamos conseguir!
-Meredith! As minhas águas rebentaram!
-É agora Elisabeth! As minhas também!
Levantei-me e abri a porta do quarto!
-Tobi! Chama os teus compinchas! Está na altura de irmos as duas para o hospital!
-Sim Senhora!
Os seguranças pegaram-nos ao colo até à viatura no parque de estacionamento, colocaram-nos os cintos, ficaram dois a auxiliar-nos e o Tobi ia à frente! O resto dos seguranças foram buscar os meninos e o David a uma estação televisiva!
A Callie e a Marg apanharam o avião mal as avisámos!
-Tobi mete a Cirene, para nos deixarem passar!
-Está bem!
Chegamos ao hospital, demos entrada e puseram-nos a gritar na mesma sala! Passado 5 minutos já estávamos com os dois ao colo! As enfermeiras trataram de os vestir! Com as roupinhas que tínhamos levado!
Quando os rapazes chegaram nós já tínhamos adormecido de cansaço! Mas, eles passaram o tempo todo com os filhotes ao colo, e sentados nos cadeirões junto de cada uma das nossas macas!
26 Menino ou Menina!?
Painting Flowers by Almost Alice
Eu e a Elisa fomos mais os rapazes à clínica, nesta ecografia já podíamos ver o sexo do bebé, encontramos lá a Marg e a Callie, estavam a trabalhar!
-Boa tarde meninas!? Rapazes!
-Olá Dr. Dell!
-Preparadas!?
Assentimos ambas com a cabeça! Era muito comovente vê-los mexerem-se no ecrã!
-Então Dr. Dell!? – Bill e Tom!
Puseram-nos na mesma sala a fazer a ecografia ao mesmo tempo coitado do Dr.Dell, trabalho a dobrar. E os Kaulitz são mesmo pais babados!
-Não são do mesmo sexo! – Dr.
-Isso é bom! – Bill e Tom! Isto de serem gémeos faz com que falem a mesma coisa ao mesmo tempo, preto no branco! – Não é!?
-Tentem adivinhar meninas! – Dr.
-É um rapaz, sempre quis rapazes! – Eu!
-É uma menina, adoro princesas! – Ely!
-É impressionante o instinto maternal! – Dr.
Os gémeos não se mexiam, sorriam...Eram os sorrisos mais bonitos do mundo!
- Já sabem quais são os nomes que vão dar!? – Dr.
-Allen! – Bill e Eu!
-Alice! – Ely e Tom!
25Viver onde!? Na mesma casa!?
Another One Bites The Dust by Queen
Anda tudo uma confusão! O gémeos e já para não falar do resto da família está tudo doido com o facto de virem a caminho dois bebés!
Outra loucura é as mudanças, fartamos de discutir os quatro, mas foi bom; porque chegamos a um ponto e conseguimos decidir!
Vamos viver os quatro juntos! E compramos uma mansão em Magdeburg; Chamámo-la Heavens in Earth! Por fora parece um castelo de filmes de terror, mas por dentro é linda!
No andar de cima, estão os nossos quartos! E outras seis divisões que ainda não ocupamos, futuramente serão ocupadas! Para já, ocuparíamos estas duas, e daqui uns meses mais duas por causa dos bebés! No andar de baixo está uma cozinha enorme, uma sala de estar interligada com uma sala de jantar, pode dividir-se ou não através de umas portas de madeira e vidro! Cada quarto tem uma casa de banho! Para além da que há no piso de baixo! Temos um estúdio e uma sala de música e de dança, um ginásio, um ateliê de pintura e outro de design!
Temos campos de futebol e basquetebol e um pequeno bosque onde mais tarde construiremos uma casa de madeira, tem imensos pássaros e esquilos! Ah já me esquecia do jardim botânico e uma fonte com peixes! E por fim fizemos uma casa para os cães! Também tem direito!
Como é óbvio esta mansão está altamente segura! Á segurança em todos os pontos estratégicos, e uma central onde é vigiada com câmaras de alta tecnologia por fora da casa!
24Juntos de novo
All I wanted by Paramore
Os rapazes decidiram conhecer melhor Lisboa, e também decidiram acompanhar-nos ao nosso local de trabalho uns dias! Que doidos! Eu gostei que eles mostrassem interesse em ambas!
A Marg e a Callie foram surpreendidas com os pedidos de casamento do Ge e do Gusti!
-Mer!?
-Sim Ely!?
-Trouxeste o filme!?
-Claro parola!
-E a Coca-Cola, a cerveja, as pipocas, os chocolates...
-Não sejas doida Elisa, sabes perfeitamente que trouxe tudo!
-Eu sei Maluca! Só te queria PICAR!
-Pronto meninas não se chateiem! – Tom!
-Vamos ver o filme! Ou não!? – Bill!
-Sim chatos! – Ely e Eu!
Ainda bem que amanhã era Sábado, podíamos passar mais tempo com os rapazes! Até que enfim que estamos os quatro juntos!
Meu quarto:
-Mer!
-Sim Billy?
-Estás melhor?
-Nem por isso! Eu acho que...
Quarto da Elisa:
-Ely!
-Sim Tommy!
-Já te sentes melhor?
-Não sinto-me enjoada! E não foi da cerveja, nem dos doces!
-Então o que é?
Meu quarto:
-Talvez...Bem. Bill Tu Vais Ser Papá!
-A sério! Ena pá eu vou ser papá! Uipi!
Quarto da Elisa:
-Estou grávida Tommy! Vamos ter um(a) pequenote(a) aos pinotes por todo o lado!
A sério! Vou ser Pai! O melhor do mundo!
23Família
Gravity by Pixie Lott
Meu Deus! A dona Simone disponibilizou a casa dela, para um jantar de família! Os manos Kaulitz são mesmo filhos dela, determinação não lhes falta!
Cheguei a Alemanha com os meus pais e os da Elisa, e ela própria, mas nós fomos noutro veículo, como se não nos conhecêssemos para os paparazzi não os chatearem! Eles iam ficar em casa da dona Simone e do seu marido!
A manhã começou negra para mim, naquele que era o meu primeiro dia na Alemanha, pois tínhamos chegado de noite! De novo estas dores de cabeça, desequilíbrios... vomitei na sanita, e bebi um chá, eles ainda dormiam! Vesti-me e fui dar uma volta, passear os cães! Algo se passava comigo! O que seria!? De repente o telemóvel tocou!
-Estou Billy!
-Olá amorzinho! Onde estás!?
-Vim só passear os cães! Vou já para casa!
-Até já beijinhos!
Não lhe contei do meu caótico acordar! Passei o dia abraçada a ele no seu quarto com os cães em cima da cama, que festa; os outros dois também se encontravam assim!
Mal a noite caiu, fomos jantar! A casa da minha sogrinha Simone! Ela é uma querida, a comida estava óptima!
No dia a seguir fomos sair com os G´s e as suas miúdas! Passado uns dias Os gémeos voltaram connosco para Portugal, e ficamos na casa das duas malucas (Mer e Ely)! Os nossos pais ficaram mais algum tempo com os pais dos gémeos na Alemanha!
22 3 Meses depois...
Uninvited by Freemasons ft Bailey Tzuke
Passaram-se 3 meses... A banda continua em alta!
Tenho saudades de Bill, finalmente após tanto tempo a verdade vem ao de cimo, a Sargento Alves foi quem assaltou o bar, e foi levada até ao tribunal militar para se defender!
Recebo e-mails de todos quase os dias!
Olá Mer,
Olha, acabei de chegar a casa da minha mãe, ela manda-te beijinhos! Ainda bem que essa cabra foi apanhada! Fico feliz! A Ely...Temos falado, já te disse que és a melhor amiga do mundo! Ainda bem que nos juntaste, eu não sou mesmo nada sem ela! Mas, também não sou sem ti! :D
Beijinhos BFF (Tom)
Olá Mer B,
Como é que isso vai! Finalmente consegui arranjar vaga num hospital perto da casa do Gusti, e vou murar com ele! Conseguimos! Tudo graças a ti! Adoro-te Amiga! Quando tivermos juntas tenho de te mostrar as coisas dos meus antigos pacientes, na pediatria, desenhos, brinquedos, fotografias...
Beijinhos Callie
Olá Meredith,
Está tudo bem!? Olha! Tu nem sabes; recebi uma proposta de trabalho de uma clínica privada, vou para uma das equipas mais importantes de neurocirurgiões da Alemanha, e não é muito longe da nossa casa, e aceitei! È um passo enorme na minha carreira! Quando nos virmos de novo quero festejar contigo! A propósito, continuas com aquelas horríveis dores de cabeça!? E as náuseas já passaram!? Se te sentires pior! Por favor avisa-me!
Beijinhos Margret
Olá amorzinho,
Como estás estou cheio de saudades tuas! Ainda bem que falta pouco para estarmos juntos de novo, nem sabes a mãe quer fazer um jantar para te conhecer a ti e à Ely! Coisas de mãe!
Escrevi uma música que acho que vais adorar, depois eu canto-a, para ti! Agora tenho de ir beijinhos!
Com Amor Billy
Olá Army Girl,
Sinto muito a tua falta amiga! Quero que conheças o meu novo cão comprei-o! Ainda não tem nome, preciso da tua ajuda a Marg não tem lá muito jeito, e eu estou indeciso! Quando vieres vais ter de assinar um documento para seres madrinha dele, do cão!
Beijinhos Do Ge
Olá Amiga do peito,
Estou a adorar esta minha nova vida! A sério e tudo graças a ti! És um amor! Não me vou esquecer que quando vieres ver-me, terei sempre uns doces e chocolates para comermos! Somos cá uns gulosos!
Beijinhos Gusti
Tenho passado estes meses a trabalhar, vejo o Bill e o Tom quase todos os fins de semana, a Ely agora dorme em minha casa, ela dormia em casa dos pais, porque o trabalho era tanto, que ela não tinha tempo para uma casa! Por tanto trabalho, é que ela tirou umas férias para a Malásia e fez muito bem! Em parte é bom porque quando temos projectos de novos aviões ajudamo-nos os ramos não são muito diferentes! È uma festa quando os rapazes dormem lá em casa!
Passaram cinco meses, os melhores da minha vida. Mesmo com o Jack consigo fazer a minha vida normal…quer dizer…com menos miúdas mas o facto de estar com o meu filho compensa.
No mês passado fomos para as Maldivas, foram as melhores férias de sempre. Ensinei o Jack a nadar e o Bill aproveitou e ouviu também as explicações…ai este meu irmão. Se continuar um frouxo, nunca vai arranjar nenhuma miúda.
Finalmente a Lizy parou de me chatear. Acho que ela percebeu que eu não quero nada com ela, e que o que aconteceu entre nós foi passado. Eu até acho que ela já arranjou namorado, também ela é boa como tudo, por isso é possível. Ainda bem, é da maneira que vem visitar o Jack menos vezes :D
Estou em frente ao espelho a arranjar-me, hoje vou à caça. São 11h da noite e o Jack já adormeceu, vou deixá-lo com uma das empregadas, elas adoram-no e posso ficar descansado.
Dou-lhe um beijo na testa, saiu do quarto devagarinho para não o acordar e vou directo para o meu Cadillac :( pois é…agora já não tenho o meu popó, tenho que comprar outro igual um dia destes. Mas vendo bem no Cadillac tenho mais espaço para….xD Esqueçam.
Vou até um bar nocturno muito pouco conhecido aqui em Hamburgo. Eu e o Bill somos clientes frequentes, mas nunca costuma acontecer nada entre nós a as raparigas de lá…apenas as vemos dançar. Hoje venho sozinho, é mais fácil. Porque quando venho com o Bill pensam que ele é minha mulher >.< então não vêm ter connosco para nos fazer companhia.
Passaram duas horas e estou de volta no meu Cadillac. Não aconteceu nada…mais uma noite sem sexo. Estaciono-o na garagem e entro em casa. Subo as escadas e vejo o Jack todo arranjado. Mas que raio, ele estava a dormir.
- Pai, extou ponto! – Ele tira os óculos de sol e fita-me. Mas está pronto para o quê? Ainda não percebi….Ele vem a correr ter comigo.
- Jack, estás pronto para o quê? Tens que ir dormir, já é tarde…. – Ele cruza os braços e desce as escadas.
- Tu já fote. Agoa é a minha vez. – Alguém toca à campainha. Eu já não estou a perceber nada….é 1h da manhã.
O Jack abre a porta e entram cinco loiras pela minha casa a dentro.
- Olá Jack! – Gritam elas e correm para junto dele. Que vergonha….Tem mais sucesso que o pai. Ele sorri para mim, enquanto se agarra a uma delas. E eu fico no cimo das escadas à espera duma explicação.
- Pai, elax vieram buxca-me para xai. Depoix eax trazem-me ota vex para caxa. – Ele dirigia-se para o porta de saída.
- Ei! Esperem por mim! – Desço as escadas rapidamente e saio com eles. Posso até ser pai e estar mais maduro, mas o sexgott dentro de mim ainda não morreu. ;)
21 Pedido Inesperado –II
Good life by One Republic
-Tom!? – olhei-o, estava nervoso!?
-Sim, Ely! – os seus olhos estavam envidraçados.
-Que se passa! – o carro parou.
-Já vais ver...
-Tom! Estamos num aeroporto! Vais te embora, vais te embora... – comecei a chorar destroçada!
-Elisabeth! Achas!? Que te ia abandonar!
-Fogo que susto! Parvo!
-Eu parvo! Eu não vou sozinho para o avião! Anda daí miúda!
Entramos no avião e ele ajoelhou-se! Depois agarrou-me na mão e deu-me um avião em miniatura e disse para o abrir ao meio... Não acreditei!
-Elisabeth Sophie Swan! Queres casar comigo!? – ele riu-se!
-Claro! O mundo devia estar aqui a assistir Tom Kaulitz o mulherengo do planeta casa-se com a mulher mais bonita do Universo! – ri-me.
-Não és nada convencida Ely! – abraçou-me depois de me colocar o anel no anelar direito.
Depois voltamos para o hotel, após termos andado no “animal”! Adormecemos agarrados um ao outro sem mais nem menos, os dois como se fossemos um só, e nós éramo-lo, somo-lo e vamos sê-lo para sempre!
Passado uma hora chego finalmente a casa da bruxa velha. A porta está encostada, calhou mesmo bem, assim posso matá-la sem ela dar por isso.
Ouço gargalhadas da cozinha, parece ser o Jack, tadinho de meu menino…tenho tantas saudades dele, depois tenho que lhe contar o que eu vi enquanto estive em coma. Acho que ele vai adorar saber :D
Como eu disse, o Jack está na cozinha com a mãe da p*ta vendida, que até aproveita para me beijar enquanto eu estou inconsciente. Se calhar até me violou…é possível já que eu estive bem IN com as minhas visões.
Eu entro para a cozinha a dentro o Jack desata-se a rir de mim. Ok….mas o que é que se passa? Olho para mim e só agora que reparo que tenho….Ai mãeinha que vergonha…Estou com aquelas batas quase transparentes e abertas atrás, ainda por cima sem boxers… :|
Pego num ananás que estava numa fruteira mesmo à minha frente e coloco-o em frente ao meu Tommy, já chega de conhecer pessoas novas.
Eu bem vi a cara a velha a olhar para mim. Depravada. Aqueles olhinhos de mosca morta até brilhavam…mas também do que é que eu espero daquilo? Tal mãe, tal filha.
- Jack! – Sorrio. – Vem cá ao papá dar um abraço! – Ele correu para o meu colo e eu abracei-o com toda a força que pude. – Estás bem? A maluca da tua avó não te fez mal pois não? Tens comido bem? Tens? – Encho as bochechas dele de beijos…
- Papá, tive muitax xaudadex tuax! – Os olhos dele brilham tanto. – Inda poxo ir vive contio? - :D Afinal ele gosta de mim! YYEEEEEEEEEEEIIIIIIIII! FIXE! O MEU FILHO GOSTA DE MIM! O MEU FILHO GOSTA DE MIM! Ponho-me aos pulinhos com ele ao colo e desatamo-nos a rir. Só por isto, voltava a ter o acidente e estragar o meu popó.
20Pedido Inesperado –I
Ready or not by Lauryn Hill & Fugees
Se íamos ao hotel porque é que não fomos juntos!? Os quatro!?
-Mer... – sorriu para mim, mas não de modo querido como era seu hábito! – Já te disse que estás muito gira...
-Bill Kaulitz! O que é que tu queres dizer com isso! – logo vi senti-o passar a sua mão pela minha perna, e depois beijar-me como se não houvesse amanhã!
-Quer dizer que não te consigo resistir... – Continuou a beijar-me!
-Espera até chegarmos ao hotel! – ri-me!
-Pois, mas nós não vamos já para o hotel, tenho uma surpresa para ti!
De repente o carro parou. E saímos, estávamos numa base aérea de aviões de guerra e helicópteros!
-Bill. Vamos andar nisto!?
-Sim!
-Mas, de noite!?
-A guerra não tem horário! – rimo-nos!
-De facto, não tem!
Entramos num helicóptero e lá estávamos nós a vislumbrar a vista da cidade!
-Meredith Amelie Black! – ajoelhou-se no meio do voo e elevou a minha mão no ar, colocando-a junto da sua! – Casas comigo!? – ri-me e pu-lo ao mesmo nível que ele, levantando-o!
-Claro! Eu por ti até saltava deste helicóptero a baixo sem qualquer pára-quedas! – de repente tirou um F-16 em miniatura do bolso e deu-mo!
-Abre a parte do piloto! – abri e lá estava o anel! – É lindo!
Colocou-mo no anelar da mão direita!
Agora estava a dar-lhe festas deitados na cama, enquanto ele se aninhava a mim!
19Calliope Bird
I Am (stripped) by Christina Aguilera
Levantei-me da mesa, e fui à casa de banho...Lá estava ela ao espelho ajeitando o seu cabelo loiro dourado, colocando a bandolete cor de salmão, a sua franja era perfeita, tinha os olhos cinzentos quase transparentes, e um sorriso muito encantador, vestia um vestido branco, com as mangas curtas em balão, este era justo ao seu corpo desde o decote no peito até aos joelhos, na zona da cintura este tinha uma faixa cinzenta com um enorme laço atrás, os seus sapatos eram clássicos com um salto alto, um bico redondo à frente, eram cor de salmão, e tinham uns desenhos em cinzento! Muito bonita...
-Olá! O meu nome é Meredith! – sorri amavelmente!
-Olá! Eu sou a Calliope!
-Posso te fazer uma pergunta muito directa!?
-Claro!
-Estás interessada no meu amigo! Aquele ao meu lado loirinho com óculos, com um corpo bem constituído e um sorriso de derreter!? – sorri!
-Bem...Dei muita bandeira!? – riu-se!
-Sim! Mas, ainda bem que o fizeste, ele está um pouco nervoso! Não está habituado! – ri-me!
-Nem eu! – disse timidamente!
-Porque estás a jantar sozinha!?
-Não me apeteceu comer a comida do hotel, por hoje! – riu-se! – E ainda bem que me fiz de esquisita!
-Volta para a tua mesa que ele vai lá ter! – ri-me! – Beijinhos! Boa sorte!
-Obrigado! – saiu da casa de banho!
Mal cheguei à nossa mesa, disse ao Gusti para não pedir o prato dele, pois ele não jantaria connosco, mas sim com a menina... E assim foi! Depois de jantaremos, o Georg e a Marg foram embora, depois o novo “casal”a Callie e o Gusti; e ficamos nós os quatro por mais algum tempo, mas depois separamo-nos à saída do restaurante!
É a Lizy. Ela está-me a beijar e eu estou no hospital.
- Ouve lá, mas tu estás doida? – Grito e afasto-a da mim. – Mas tu passaste ou o quê? O Jack? Onde é que ele está? O que é que eu estou aqui a fazer? Responde! – Grito novamente. Quer dizer uma pessoa cai do paraíso para ver isto à minha frente?! Oh mas é preciso ter muito azar!
- Acalma-te Tom. Tu tiveste um acidente o teu carro foi para a sucata. – ACALMA-TE TOM? QUER DIZER, ELA DIZ PARA EU TER CALMA E DEPOIS DIZ-ME QUE O MEU MENINO FOI…FOI PARA A SUCATA! Tadinho….precisa de mim…tenho que o ir visitar…
Eu levanto-me rapidamente e começo andar dum lado para o outro. Estava nervoso demais para conseguir ficar quieto e calado.
- Isto só pode ser um pesadelo, SÓ PODE! – Grito. – Quer dizer, primeiro ando às escuras lá no c*ralho mais velho. Depois finalmente encontro uma luz caio de cu. Quando estava completamente feliz a beijar uma rapariga encantadora apareces-me tu à frente, – resmungo. - E depois deste susto, ainda me dizes que tive um acidente e que o meu popó está abandonado numa espelunca qualquer! – Olho para ela, sério. E ela sempre com aquela cara de santinha. Eu até acho que irritado a acendo, aquilo deve ser pior que as actrizes porno.
- Tom…tens que ter calma…Vais ver que vai ficar tudo bem…o Jack está com a minha mãe e eu tenho vindo aqui ter contigo todos os dias.
- O QUÊ? O JACK ESTÁ COM QUEM? – Pergunto eu, enraivecido. Mas agora era só o que mais faltava, o filho ficar sozinho em casa com aquela bruxa.
- Com…com a minha mãe. – Diz-me ela amedrontada. Só me apetece esganar-lhe aquele pescoço e arrancar-lhe aqueles cabelinhos, um por um.
- AI É? ENTÃO ESPERA PARA VER! – Saio de lá. Está toda a gente a olhar para mim e eu sinto uma certa aragem a entrar-me por trás. Do que será? Bem, se calhar é só impressão minha.
18Margret Silvy
Merchen Suchen Menschen by Tokio Hotel
-Olá pessoal... – sorri amavelmente!
-Sou a Margret Silvy! Tu deves ser Meredith Black, namorada do Bill! E tu Elisabeth Swan namorada do Tom! – sorriu, e cumprimentou-me!
-Prazer Senhora Listing! – dissemos as duas em conjunto, e rimo-nos as três! Os outros quatro ficaram a olhar-nos perplexos; não era para menos estávamos a dar-nos tão bem as três, que mais parecia que tínhamos crescido juntas!
Sussurrei ao ouvido de Bill, que me ia sentar mais perto de Gustav para que ele não se sentisse deslocado, visto que era o único que não estava ocupado. Mas, não houve stress porque fiquei sentada entre Bill e Gustav!
-O que fazes Margret!? Onde trabalhas!? – Ely!
-Sou médica, neurocirurgiã! – Marg! – E tu!? A que é que te dedicas!?
-Olha; sou Engenheira Aeronáutica, a nível comercial! Trabalho com aviões comerciais! – Ely! – Mas, adoro o que faço! Tem os seus lados menos bons!
-Podes querer, eu na minha sinto-me impotente quando não consigo salvar uma vida! – Marg!
-Deves ter tremenda coragem. – Mer!
-Porque dizes isso!? – Marg!
-Eu não era capaz! – sorri!
-Então qual é a tua coragem!? O que fazes!? – Marg!
-Trabalho ao serviço de uma das Forças Armadas – a Força Aérea! – Eu!
-Eu cá não tinha coragem para isso mesmo! – Marg! Deu-se a gargalhada geral!
-É o que dá andar na mesma área da menina Elisa, ela afeiçoou-se aos aviões comerciais e eu aos de guerra! – Eu!
-Tu não tens medo!? – Marg, estava pasmada!
-Não! Fui parar lá por causa disso mesmo, é um local onde não temo o medo, porque me posso deparar com o pior cenário em qualquer instante do dia, desde o início que nos são apresentadas as nossas piores condições perante a pátria nacional e mundial! Portanto! Não tenho medo de enfrentar uma guerra, acredita que tenho mais medo de estar em frente a um paciente numa maca com o crânio aberto e o cérebro descoberto a esbanjar de sangue! – Mer!
-Ambas temos de ter as nossas coragens! – Ely! Rimo-nos!
Desviei a minha atenção para Gustav porque ele me fez sinal... Ninguém deu por nada estavam todos a falar! Começamos a sussurrar um para o outro!
“O que foi!?”
“Está uma rapariga a olhar para mim, assim que eu entrei aqui!”
“Mas, donde!”
“Ali na mesa do canto perto da janela!”
“É bem gira! Olha! Eu acho que ela vai à casa de banho, eu vou lá!”
“Mer...Achas que é boa ideia!?”
“Claro que é! Confia em mim, Gusti!”
“Eu confio!”
17Choque de Vivência
Somebody to Love by Queen
Estávamos frente a frente! Mesmo com os seus estilos, os manos Kaulitz esmeraram-se, estão mais elegantes... Estranho!
De repente, depois de algum tempo especados uns a vislumbrar os outros, os rapazes mexeram-se e envolveram os seus braços nos nossos, e agarraram nos nossos sacos, depois levaram-nos até ao veículo que nos ia levar até ao restaurante!
-Bill! Os G´s!? – Eu!
-Já lá estão à nossa espera, mal acabou a peça eles foram! – Bill!
-Estivemos bem!? – Ely!
-Sim! Estiveram óptimas! Nós estamos muito orgulhosos de vocês! – Tom!
“...orgulho...”O meu coração parou naquele momento, quase parece que eu sou um robô que é accionado e travado, por códigos, neste caso estes tratam-se de palavras! Este travou, a fundo! Só me lembro de sentir uma lágrima negra escorrer-me da face, e de fechar os olhos depois de uma onda demoniacamente horrível se trespassar sobre o meu ser!
Abri os olhos! Estava escuro, ainda estávamos no carro!? Bill!? Onde!? Senti-o aperceber-se de que recuperara consciência, e abracei-o! Olhei para Tom e Ely que olhavam atordoados para mim!
-Bill...Eu estou bem! Finalmente... – sorri. – Tom! Obrigado por o teres dito! – repeti a sua frase sem proferir um único som apenas gesticulando os lábios!
Continuei abraçada a Bill! Antes de sairmos do veículo ele perguntou-me se eu estava bem! Respondi-lhe que sim!
Entramos no restaurante, e foi aí que vi... Seria Margret Silvy!? A famosa Senhora Listing...
Está tudo escuro não vejo nada! Jack! JACK, ONDE ESTÁS? Que bom… para além de estar tudo escuro ninguém responde… Uma Luz, está ali uma luz, é melhor segui-la. Isto é um clarão enorme e quanto mais ando mais dificuldade tenho em ver…Está calor aqui…mas a luz é muito intensa, nunca vi nada assim. Espera…estou a ouvir risos…sim risos, parecem de crianças. Se calhar é o Jack. Corro, corro, mas este clarão parece não ter fim. WOWW, estou a cair, sim a cair. AI mãezinha quando chegar lá abaixo vou-me partir tudo. AHHHHH. Apaga-se tudo outra vez.
Finalmente volto acordar. O quê? Não pode ser… Megan? Estás mesmo aqui? Angelina há quanto tempo…Isto não pode ser verdade. Elas estão nuas e deitadas ao meu lado, é como disse. Angelina Jolie, Megan Fox, Kendra Wilkinson, Jessica Alba, Adriana Lima, gémeas Olsen Pamela Anderson…ai pamela, ainda és mais gira sem roupa. Que fixe…mas isto é azul. Sim e eu estou sentado numas cenas tipo algodão, sim algodão e do branquinho. :| Meu Deus…Eu estou no paraíso, e tenho um harém. Adorava que o Jack estivesse aqui comigo.
- Tenho calor. – Digo eu. Elas saíram de lá a correr e foram buscar plumas de pavão para me abanarem…que máximo. Elas fazem tudo o que eu digo. – Não é preciso ficarem todas a abanar-me, algumas podiam deitar-se ao meu lado. – Que fixe. Eheh estou deitado ao pé da Angelina Jolie, ela tem uma cara tão bonita... E as gémeas abanam tão bem as plumas.
- Deus, chegou uma surpresa para si… - Diz-me a Jessica Alba. Deus? Ahahah por favor, eu não quero acordar mais deste sonho.
- Ai sim? – Levanto-me e vou ao encontro dela, puxando-a para mim. – Então qual é a surpresa… - olho para os lábios dela. Ela apenas sorri e leva-me até uma rapariga, mas não era uma rapariga qualquer. Ela estava sentada com a cabeça tapada pelos joelhos, parecia que se tinha passado algo, ela não estava bem….
- Aqui está ela. O Hermes encontrou-a e trouxe-a para si. – A Jessica saiu de lá rapidamente e eu aproximei-me da rapariga.
Os seus cabelos eram dourados formando autênticos canudos que me impediam de ver a sua cara. Estava coberta com um véu branco porém tingido de vermelho vivo, parecia mesmo sangue. Eu aproximei-me dela e desviei algumas madeixas de cabelo para poder ver o seu rosto. Ela limpa algumas lágrimas e encara-me. Nossa...como ela é linda. Os seus olhos são azuis, com alguns cristais verdes. A sua pele era branca e os seus lábios bem definidos. Como ela é perfeita…mas porque é que está a chorar?!
Passo uma mão pelo seu rosto, é muito macio, e limpo-lhe algumas lágrimas que os seus olhos tinham deixado escapar. Ela treme e olha para mim assustada.
- Não tenhas medo…Eu não te vou fazer mal… - Eu abraço-a, mas ela continua estática. Algo grave tinha acontecido…e eu tenho que descobrir. – O que é que se passou? Alguém te fez mal? Podes contar...
- Não foi nada… - levanta-se rapidamente, e eu acompanho-a. – Isto já passa…
- Tens sangue no teu vestido, – aponto para algumas manchas perfeitamente visíveis. – Cortaste-te?
- Deixa. Isto já passa… - Ela tenta sair dali e eu impulsivamente beijo-a. Ela retribui o beijo e deixa que eu a conduza até ao meu corpo enquanto as nossas línguas se entrelaçavam uma na outra…
Abro os olhos e NÃOOOOOO! ISTO NÃO ME PODE ESTAR A ACONTECER NÃO PODE ESTAR A ACONTECER.
16Bailado de Solidariedade
Untouched by the Veronicas
Estava feliz, caminhei com Elisa até ao Teatro, onde se realizaria o bailado, tínhamos alguns fotógrafos a seguir-nos! Vestimo-nos calmamente e ficamos a conversar à espera que o local se enche-se de pessoas conhecidas, à pois não eram só os nossos meninos que iam ser as vedetas, iriam alguns presidentes...do pais e de outros vizinhos, para além de outras pessoas relacionadas com o Estado, alguns famosos da região, a imprensa, entre outros!
-Estás nervosa Ely!? – estávamos abraçadas no meio dos bastidores!
-Mais ou menos! E tu Mer!?
-Estou mais stressada com o jantar a seguir ao bailado, do que com o próprio!
-Pois! - rimo-nos!
As cortinas recolheram e as personagens entraram em acção para contar a história de um menino sem-abrigo que é recolhido por um orfanato, cresce em sofrimento, mesmo depois de atingir a maior idade, mas a vida é assim amarga, nós é que a devemos tornar doce, com as nossas acções, por isso o ser humano tem tanta necessidade de amar, para esquecer o mal; o bom é que esse rapaz encontra as duas mulheres da sua vida, a sua melhor amiga, e a sua mulher para toda a vida! Temos de fazer nascer a nossa felicidade e fazer com que ela seja eterna!
2 Horas depois...
-Mer aperta-me aqui o fecho, não consigo!
-Já está! – ri-me!
-Achas que eles vão gostar, de termos escolhido vestidos iguais, embora não sejam da mesma cor!
-Eles vão gostar! Não te preocupes!
Caminhamos para fora dos bastidores de mão dada, de repente fomos abordadas por um enxame de presidentes disto e daquilo, que nos felicitaram pela nossa actuação, ao qual agradecemos!
Os nossos vestidos eram de veludo, o meu Violeta, e o seu Azul Oceânico... tinham um corte na zona do peito em V, e no bico do mesmo tinham umas argolas presas de metal, atrás as costas eram descobertas, também em V e com as argolas em acabamento, na parte de cima as mangas eram a cave, no lado direito a partir do joelho até meio da coxa havia um corte clássico, de modo a evidenciar a beleza da perna, tínhamos sapatos fechados com o mesmo corte como se fossem sabrinas, na zona do peito do pé, mas eram sapatos de salto alto, eram apenas simples, os dela eram cinzentos e os meus eram pretos. A nossa maquilhagem era simples da mesma cor que os sapatos, preto e cinzento, com um pouco de violeta e azul, respectivamente. Tínhamos ambas, bolsas da cor dos sapatos, que se poderiam por a tiracolo, e tínhamos ainda os casacos de cabedal, das cores também dos sapatos. Por último levávamos os sacos com as roupas anteriores ao acontecimento.
Enviamos uma mensagem, cada uma de nós! Uma para Bill e outra para Tom!
“Onde estão!? Já estamos prontas!?”
E logo recebemos uma de volta!
“Estamos mesmo à vossa frente, prontos a desmaiar!”
15Jornalistas zero - Miss´s Kaulitz um
Time for Africa by Shakira
Cinco dias se passaram, temos andado de lá para cá, com as noites no hotel com os meninos, tenho andado a fazer mais companhia a Gustav, e ele está melhor...Daqui dois dias era a peça, que ia reverter para orfanatos era apenas uma noite, por isso teria que estar tudo perfeito! Hoje depois do ensaio geral, íamos às compras com o Bill e Tom! Estou cada vez mais a afeiçoar-me aos meus alunos!
O dia passou e assim que saímos os manos Kaulitz estavam à nossa espera! Dentro do veículo...
-Então meninas o que vamos então comprar!? – Bill!
-Vamos ver duns vestidos! – Ely!
-Isso agrada-me... – Tom!
-BFF! Comporta-te! Sabes que aqui a maninha não abdica de te dar um carolo! – Eu!
Lá chegamos ao centro comercial! Eles foram às lojas de homens, num lado do centro, e nós às das mulheres! Vimos uns vestidos lindos, numa loja e fomos prová-los!
-Tom que tal estes!?
-São lindíssimos mano!
-Eu vou dar o violeta à Meredith!
-Eu cá prefiro o azul oceânico para a Elisabeth!
Bill e Tom
Saímos rapidamente da ourivesaria, antes que elas nos procurassem, e ambos guardamos as caixas! Sabíamos que era agora; eram elas as “ Tais”! E nós só as queremos para nós! Pouco depois encontramo-las a saírem de uma loja de vestidos com dois cabides protegido com um revestimento negro!
-As meninas querem passear connosco pelas ruas de mão dada e mostrar ao planeta que os manos Kaulitz estão reservados! – Tom!
-É que nós...queremos dizer ao planeta que já estamos felizes e bem acompanhados! – Bill!
-Bem se têm de ser! – Ely!
-Calem-se lá! Vamos então! Mas depois quero a minha recompensa, Billy! – Eu!
Bastaram 30 segundos ou menos para um fã começar a filmar, 1 minuto passado e já havia um paparazzi, e 3 minutos a seguir um número significativo de repórteres e fotógrafos de vários canais de televisão, rádio e internet, a seguir-nos! Mas, nós caminhamos ignorando-os muito facilmente! Então eu e a Ely íamos nas pontas e os manos Kaulitz iam no meio, cada vez que levávamos um encontrão de um jornalista, quase que o fazíamos (as duas) caírem redondos no chão! Que mazinhas!
Lá vai uma semana, quando chegar ao final desta segunda, vamos ter de abandoná-los, e já não podemos fazer de seguranças! Que cena...
14Em Desespero
Durch Den Monsun by Tokio Hotel
Estava escuro no seu quarto! Entrei e abracei-o! Não foi preciso perguntar-lhe o que tinha!
-Gustav! Não entres em desespero não caías no mesmo erro que eu! Quanto mais eu o quis, mais longe ele ficava! Acredita! Entranha-te nos dias, nas tuas vivências e Vais Ver que Ela irá Aparecer!
Não me disse nada apenas me abraçou, sabia do que ele precisava era apenas alguém que o compreendesse e guiasse!
-Obrigado Mer! Ainda há lugar para mais um no jantar!? – riu-se!
-Claro! Mas, eu tenho de ir para lá é que tenho de resolver um problema, depois vês; agora veste-te e vem conviver com os teus amigos!
-Ok! Até já!
***
Entrei e Elisabeth segurava em Alex sentada no sofá aninhada a Tom, Bill estava em pé conversando com Georg!
-Foram rápidos! – Olharam todos para mim! Fui ter com Bill, dei um abraço a Georg, e sussurrei ao ouvido de Bill! – Eu não te disse que ia resultar! – rimo-nos! Coloquei-me num ponto da sala onde todos me dariam atenção, e comecei a falar! – A partir de hoje vocês os três têm o dever de apoiar o Gustav seja como for, não quero nem sequer sentir que alguém lhe jogou uma piada para cima, por muito inofensiva que seja! Estamos entendidos! – ambos acenaram que sim com a cabeça! – E mais uma coisa! Lembrem-se que por enquanto ele é o único que ainda não está preenchido em relação ao amor! Portanto evitem certas coisas!
-Acreditem, ela ainda vai governar o Mundo! – Elisa.
-Elisabeth Sophie Swan! Que mania! – Eu.
Todos se riram! E Alex começou a chorar...
-Então pequenote! – Elisa!
-Ele deve ter fome! Vou aquecer o biberão! – Eu!
-Meredith! Lembraste de qual era nosso maior sonho a seguir aos manos Kaulitz!? – Elisa perguntava ansiosa esperando que a amiga não se tivesse esquecido! Os outros aguardavam ansiosos pela resposta de Mer!
-Achas que me esquecia, Ely! Nós queríamos mais que tudo ser Mães! -rimo-nos!
– Já está Alex vais papar agora! - deixei cair uma gota de leite na palma da mão, estava à temperatura ideal! Senti-me observada. Olhei e estavam os três a tentar perceber porque é que eu fiz aquilo!? – apeteceu-me rir! – Queres-lhe dar tu!? – perguntei a Ely!
-Sim! Esclarece-os se não ainda tem um ataque! – Ely!
-Eu coloquei a gota na mão para saber a temperatura do leite, para que o Alex não se queime! – Eu!
-Ah! Era isso! – disserem-no em coro, e ri-me!
Alguém bateu à porta! Era Gustav!
13Alexander um Bebé Encantador
Wonderful by Gary go
-Mer! - estávamos sentados no sofá.
-Sim Bill! – sorri ao chamar-me!
-Achas que vai resultar!? – olhava para o infinito, estava pensativo!
-Claro que vai Billy, tem calma, senão tivesse a correr bem, já nos tinham chateado, e já passou uma hora e meia, portanto descansa amorzinho! – riu-se! E de repente o meu telemóvel tocou! – Que raio é a minha patroa! – olhei para ele de relance!
-Atende pode ser importante! – ele fez um ar doce!
-Estou!? General Haruno!?
-Eu sei que já não está de serviço, mas eu precisava de um favor, senão se importar!?
-Diga, diga!
-Eu preciso que tome conta do meu bebé Alex, é que o meu marido foi parar ao hospital de urgência, e eu não queria que o Alex estivesse no meio daquele caos!
-Claro! Onde está!? Eu vou buscá-lo!
-Diga-me antes onde está!
-Estou no hotel principal da cidade!
-Não se preocupe que eu vou aí ter e levo tudo o que é preciso, e claro o Alex! Obrigado Sargento Black!
-De nada venha com calma! Até já!
Olhei para Bill, ele ia ficar triste porque hoje íamos sair...
-Que foi, Mer! – levantou-se e mostrou-se preocupado!
-Hoje não vamos poder sair, porque eu vou ter de tomar conta do filho da minha patroa, é que o marido dela foi parar ao hospital de urgência!
-Não faz mal! Fica para amanhã! Não te preocupes, o importante é que fiques aqui comigo! -abraçamo-nos! – Vamos lá buscar o nosso novo amiguinho!
Descemos e lá estava ela com o bebé ao colo! Um pouco depois o Alex estava nos meus braços dormindo, e Bill segurava o saco azul clarinho de algodão com os seus bens!
-Ele é tão querido... – Bill maravilhava-se com ele dormindo como um Anjo!
-É como um Anjo! As crianças são as únicas criaturas puras neste Mundo! – Dei-lhe um beijo na sua testa minúscula e sorri! – Billy manda uma mensagem ao Tom, ao Georg e ao Gustav, a dizer que hoje jantam aqui no quarto connosco visto que não podemos sair! Ah certifica-te que o Tom trás a Elisa como acompanhante!
Pouco depois Alex acorda...
-Olá pequerrucho! Eu sou uma amiga da mamã e vou tomar conta de ti...os teus pais estam a cuidar um do outro, mas é por pouco tempo eu prometo! O meu nome é Meredith! – Bill sorriu ao ver-me a falar com o bebé e fez o mesmo!
-E...eu sou o Bill, um amigo especial da Mer! Tu és o Alexander, certo!?
Alex riu-se ao ouvi-lo!
-Mer! Vem todos, menos o Gustav!
-Então porquê!?
-Não sei! Ele diz que não lhe apetece!
-Fica só uns segundos com o Alex, eu vou ver o que ele tem!
-Ok! Não demores muito!
-Qualquer coisa avisa Bill!
Saí do quarto se não me engano o Gustav está a sentir-se só...
Carla
Sinto um leve toque no meu ombro, aos poucos tento abrir os meus olhos.
- Já chegámos… – Diz aquela voz conhecida.
- Já????? – Pergunto ainda sonolenta.
- Sim…. – Responde-me novamente imobilizando o carro e abrindo a porta para sair, uma leve brisa fresca chega até á minha pele fazendo com que me arrepie. Endireito-me no assento e olho através do vidro. Era impossível termos chegado, ainda há pouco tempo tínhamos saído do aeroporto. Elevo o olhar para o relógio que se encontrava no tablier do carro, este marcava, 18.30, já tinha passado duas horas????
Flashback
O Avião tinha aterrado á 10 minutos no aeroporto, já estávamos com as malas em nossa posse e junto do balcão onde iríamos recolher as chaves do nosso meio de transporte. O telefone volta a vibrar dentro da mala, mas tento afastar o meu pensamento deste pequeno aparelho que ao vibrar me incomodava.
- Já temos a chave. - Diz sorridente virando-se para mim.
- Temos mais quanto tempo de viagem, até chegarmos? – Pergunto curiosa.
- Maio ou menos 2 horas se o tempo se mantiver assim. – Diz começando a caminhar para fora do aeroporto. Sigo-o em silêncio até ao parque de estacionamento. Paramos em frente de uma mini-van, as malas são colocadas na bagageira e logo ocupo o lugar do pendura. A viagem começa e o cansaço que sinto começa a dar mostras, encosto a cabeça á porta e fecho os olhos acabando por adormecer.
End Flashback
Pego na mala para começar a sair do carro e o telefone vibra novamente. Até podia adivinhar, sem olhar para o aparelho, quem seria, mas ainda não, ainda não estava na altura de voltar para a realidade da minha vida, o que eu queria agora mesmo era de um bom banho para relaxar.
Olho em redor e fico completamente pasmada com a vista que tenho á minha frente. O chalé ficava um pouco afastado da vila de Andorra-a-Velha, não estava completamente isolado, mas mantinha uma certa distância, algumas árvores cercavam o terreno todo á volta, e a neve começava a cair novamente. Aconchego o casaco mais junto do pescoço e caminho para a entrada. Lá dentro a lareira já se encontrava acesa dando um ar bastante aconchegador.
Coloco o casaco sobre as costas do enorme sofá de cor escura e aproximo-me mais do fogo baixo-me e sinto aquele ar quente tocar a minha pele, era bastante calmante.
- Carla, se quiseres podes subir e tomar o teu banho. – Diz Márcio que entretanto tinha-se aproximado de mim. Levanto o meu corpo e começo a dirigir-me para as escadas, volto-me com a intenção de perguntar qual seria o meu quarto, mas ele antecipa-se á minha pergunta.
- O teu quarto é ao fundo do corredor, do lado direito, a porta está aberta, por isso não vai ser difícil encontrá-lo. - Diz enquanto me pisca o olho.
Aceno afirmativamente com a cabeça e começo a subir. Assim que entro no quarto a minha boca abre-se em sinal de espanto, não podia acreditar no que os meus olhos viam.
Ao centro do quarto encontrava-se uma enorme cama de casal, aos pés da cama encontrava-se uma parede, onde se encontrava a lareira, também já acesa e que dava para ver o Banheiro, havia velas colocadas sobre a bancada e a água já corria para a enorme banheira de cor marfim, fecho a porta do quarto e começo a retirar a roupa que tinha vestida enquanto avanço para o interior da casa de banho, quando me encontro junta a enorme banheira já me encontro despojada de qualquer peça de roupa. Entro, deitando-me sobre aquela água quente, que assim que entra em contacto com a minha pele tem um efeito deveras calmante, encosto a cabeça para trás e fecho os olhos.
- Era mesmo disto que eu estava a precisar… - penso para comigo mesmo.
Não sei por quanto tempo deixei-me ficar ali deitada, mas assim que o corpo começa a ficar frio reparo que a temperatura da agua baixou, sem vontade levanto-me e enrolo o corpo numa toalha que se encontrava sobre um pequeno banco de madeira que estava junto á banheira. Enxugo o corpo e vou até ao quarto, pego na mala colocando-a sobre a cama, depois de aberta escolho o que vestir, pego numas calças largas de fato de treino e num camisolão de lá grosso de gola alta e visto-me.
Batem á porta.
- Podes entrar. - Digo e logo uma cabeça aparece ao mesmo tempo que a porta se abre.
- Queres ir esquiar um pouco???? – Pergunta Márcio. – Apetecia-me fazer um pouco de exercício antes do jantar e esquiar abre o apetite. – Diz com um enorme sorriso nos lábios.
- Se não te importares, prefiro ficar por aqui mesmo, tenho que telefonar á minha mãe e preciso de pensar. – Digo e logo vejo o sorriso desaparecer da sua face. Eu sei que as suas intenções são as melhores, mas eu afastei-me para puder pensar no rumo que iria dar á minha vida e não para me divertir.
- Ok, se precisares de alguma coisa, só tens que chamar a Maria. - Maria era a empregada que tomava conta do Chalé quando a família de Márcio andava a viajar. Neste momento andavam a fazer uma visita ás ilhas Maldivas…
- Vai descansado e esquia bastante. – Digo com um sorriso amarelo nos lábios. Márcio avança para o interior do quarto e pára á minha frente. Coloca as suas mãos na minha face e deposita um suave beijo numa das bochechas.
- Até já. – Diz saindo do quarto e fechando a porta.
Deito o meu corpo cansado sobre a cama e simplesmente fecho os olhos. O aperto que sentia no peito estava cada vez maior, sei que talvez nunca mais passasse mas era melhor assim. As lágrimas começam a rolar pela face e um soluço solta-se da minha garganta, aperto mais os braços á volta do corpo e acabo por adormecer.
No quarto do Bill
Continuava sentada na cama á espera que Bill saísse do banho, este tipo precisava de ouvir umas quantas e já que ninguém falava com ele, tinha de ser eu a repreende-lo.
Depois de alguns minutos deixo de ouvir a agua a correr, levanto-me e começo a caminhar pelo quarto. Tentando colocar as ideias em ordem para falar com ele, estou tão absorta nos meus pensamentos que não dou conta que a porta da casa de banho já estava aberta e Bill estava parado em frente á cama, com a mala aberta sobre esta e estava a escolher uma indumentária para vestir.
- Bill… Temos de falar. – Começo a dizer.
Ele eleva o seu rosto para mim e reparo que os seus olhos estão surpresos.
- Falar??? – Pergunta surpreso.
- Sim Bill, falar… Achas que as coisas estão bem???
- O que queres dizer???? – Volta a perguntar.
- Caramba Bill, achas que estás a ter a atitude correcta com o teu irmão???
- Ah lá tinha que vir a defensora do Tomizinho, já não bastou tudo o que ele me fez com a aquela…
- Bill não te atrevas a chamar nomes á minha amiga, não depois de tudo o que tu lhe fizeste sofrer, sabendo bem por tudo o que ela tinha passado com o canalha do ex. – Digo já a elevar a minha voz. Bill afasta o olhar de mim.
- Depois de tudo o que ela passou, quando ela te conheceu voltou a ser aquela rapariga alegre e bem disposta que nos adoramos ver, sentimos todos uma réstia de esperança que o passado ficasse para trás, mas não, tu tinhas que aprontar das tuas e faze-la sofrer outra vez… - ao ouvir as minhas palavras Bill encolhe-se lembrando-se da cena do quarto do Hotel, mas mantêm-se calado. – Depois daquele tempo afastados voltaste com falinhas mansas e ela aceitou-te como se nada tivesse acontecido e o que fizeste tu????? Asneira, e da grossa. Bill… tu tens um serio problema com o álcool e muito sinceramente acho que te devias tratar, senão vais acabar por ficar sozinho, afastas todos aqueles que te amam, fazendo as maiores barbaridades que possas imaginar.
Bill mantém-se calado junto á cama, sabia que aquelas palavras eram duras mas havia alguma verdade nelas, mas caramba era preciso ter-me traído, logo com o meu irmão????, mais valia nunca mais me dirigir a palavra…
- Bill… Devias de pensar bem no que queres para a tua vida futura, pois pelo caminho que estás a ir, não vais chegar muito longe e vais acabar só. - Digo aproximando-me dele, dando-lhe um suave beijo na bochecha e saio do quarto.
Olho na direcção que ela toma, saindo do quarto, deixo o meu corpo descair até me encontrar sentado sobre a cama, aquelas palavras fizeram com que eu me apercebe-se que algo em mim não estava bem, mas mesmo assim ainda continuava magoado com tudo o que me tinham feito e sinceramente não sei se iria ou não perdoar… Ouço três pancadas na porta, levanto a cabeça.
- Pode entrar. – Digo e estranho ver a figura que se encontra a abrir a porta.
12Elisabeth e Tom
Wicked Games by Chris Isaac
-Chamas-te Elisabeth, certo!? – disse um pouco a medo, sorrindo!
Ely
Meredith Amelie Black, não bastava teres-me deixado aqui pendurada à tua espera, agora fases me guinar para o lado ao enviar-me em meu socorro o Senhor T-O-M K-A-U-L-I-T-Z! Ai Meu Deus...Aquele piercing no lábio inferior torna-o bem mais sexy ao vivo.
-Sim...Sou Eu! – senti-me extremamente constrangida!
-A Mered teve de resolver um assunto, e pediu-me que te fizesse companhia! Há problema!? – não disse mais nada, apenas afirmei que não com a cabeça! – Vamos subir, se quiseres! Eu juro que não faço mais nada a não ser falar! Prometo! – respondi afirmativamente com a cabeça!
Ely
Ele retirou-me o saco da mão, depois ajudou-me a levantar-me e fez com que eu me...apoia-se em si! Ora bem, se ela conhece o Tom...de certeza que conhece o resto dos Tokio Hotel, e aposto cegamente que ela e o Bill já são grandes amigos! És tão manhosa Mered! Agora encaixa tudo! Chegamos ao seu quarto e sentamo-nos no sofá, ele perguntou-me se eu queria beber alguma coisa, e eu disse que não, de novo com a cabeça, o que é que se passa contigo Elisa!? Acorda! Reage! Até que ele arriscou falar de novo!
-Não me deixes a falar sozinho! Não podes simplesmente ficar muda, senão eu vou-me sentir um pouco... – não o deixei acabar!
-Desculpa! É que podes não entender, mas a minha melhor amiga...Deixou-me sozinha à espera dela, e depois decide enviar-me uma surpresa, que na verdade é simplesmente a pessoa que eu mais venero neste Universo! E a única coisa que eu consigo fazer, ou a única forma de eu reagir é esta! Estou em estado de choque! – calei-me, era o que devia ter feito! E no meio do embaraço e da vergonha deixei que a minha cabeça se inclina-se para baixo, e senti as minhas bochechas queimarem, estavam muito rosadas! Ora Bolas!
Tom
Talvez não entende-se o que é amar alguém famoso de uma forma platónica, e de repente ter essa pessoa à nossa frente e não saber como reagir e simplesmente bloquear de todo... Mas uma coisa eu sei é que não é só ela que sente um certo embaraço com a minha presença, eu sinto-me completamente lisonjeado, de um modo um pouco envergonhado por ter a sorte de estar frente a frente com ela! Então aproximei-me da sua pessoa, ajoelhei-me perante a sua figura e levei as minhas mãos à sua face e comecei a inalar a sua respiração descompassada, o seu perfume natural entranhado à superfície da sua macia pele, não resisti em forçá-la a abrir os olhos para os ver, de tocar no seu cabelo, era-lhe simplesmente demasiado vulnerável, para resistir!
-Elisabeth Swan, eu quero perguntar-te uma coisa! – os nossos lábios estavam tão perto que quase não consegui ter controlo, antes que responde-se mas, tentei concentrar-me nos seus olhos!
-Diz, Tom Kaulitz! – ri-me depois de dizer o seu nome, sentia o meu coração explodir de desejo.
-Posso colocar os meus lábios contra os teus! – ria-se, o que me fez sorrir!
-Claro, que raio de pergunta é essa, porque é que não fizeste logo! –beijei-o!
-Porque podias não querer que o fizesse! – disse-me entre o beijo, o que me fez rir!
-E se parasses de conversar e passasses à acção! Sr. Kaulitz!
-Mas, nós nem se quer os conhecemos bem... – ela soltou uma gargalhada após a minha afirmação, estava a ficar tão apanhado que não a queria desrespeitar como era hábito!
-Então tu que és o que a gente já sabe! E estás com medo! – riu-se e puxou-me para si, envolvendo os seus braços bem definidos envolta da minha cintura!
-Eu não tenho medo! Mas não quero que me interpretes mal, e acima de tudo não te quero desrespeitar!
Ely
Coloquei os meus lábios contra os seus e deixei que a sua língua explora-se a minha...Depois pus as minhas mãos por de dentro da sua T-shirt XXXL, e fi-lo gemer...e logo senti a minha camisola sair-me do corpo; um pouco a seguir estávamos ambos em roupa interior trocando carícias, ele agarrou-me e levou-me ao colo e colocando-me em cima da cama no quarto! Fugi dele assim que me soltou, andei pelo quarto rindo-me e provocando-o, parecíamos dois adolescentes! E não foi há muito tempo que o deixamos de ser! Mas, depois sem querer distrai-me e ele apanhou-me, abracei-o com muita força, beijando-lhe o pescoço, enquanto ele me abafava o cabelo sentindo o seu perfume! Voltamos para a cama, mas desta vez eu estava por cima dele, ria-me ao toque dos seus dedos nas minhas costas, e o meu soutien soltou-se, depois beijamo-nos...Quando senti o seu corpo roçar no meu, enlouqueci por completo, até que nos unimos num só ser, e amamo-nos sem amanhã!
11Olhos de Ouro sobre Olhos Azuis
All around me by Flyleaf
-Meredith Amelie Black! Eu não te quis perguntar embora já quase não se note, mas os teus pés estão bem piores…do que tudo o resto! O que se passou, que cortes são estes!? – fez aquele olhar de má que desta vez não me fez rir!
-Foi uma fase… - olhei para a rua através da janela fumada do carro! Ainda bem que ninguém me via ali, a não ser ela, os ferimentos antes da guerra abriram-se de novo!
-Tu estás…a querer dizer-me que te andaste a mutilar! – ri-me ironicamente após a sua horrenda conclusão!
-Não Ely; eu não andei a fazer nada disso, apenas me fui a baixo, e magoei-me um pouco sem querer e um pouco de propósito, mas não quero falar sobre isso! Pode ser!? – sorri-lhe docemente!
-Está bem! Já chegamos!? Porque é que só oiço pessoas a guinchar histericamente!?
-Já vais perceber Elisa…
Saímos do carro e Tobi foi estacioná-lo, ao entramos no hotel, montes de fãs deles gritavam, um pouco confusas com a situação depois calaram-se ao se aperceberem que não éramos eles! Fomos um pouco mazinhas! Mas, agora tinha de esquecer isso, tinha algo mais importante para fazer!
-Ainda não percebi Mered…
-Fica aqui sentada, vou lá acima já volto!
Fui até ao quarto de Bill, com um enorme sorriso na minha face, bati à porta três vezes! Se calhar está a dormir…
-Mer! – abraçou-me e beijamo-nos! – Como correu!?
-Espera só um pouco já te conto, preciso de saber onde está o Tom!?
-Estou aqui! – ri-me!
-Nem percebi que estavas aí! Mas, isso agora não interessa! Levanta-te, vais lá a baixo, e procuras por uma rapariga mais alta que eu, com cabelos ruivos cor de cenoura, encaracolados e compridos um pouco mais curtos que os meus, de olhos azuis-claros, pele branca de neve como a minha e com um estilo entre o vulgar com um toque invulgar! Tom Kaulitz, aposta nela, porque ouve-me bem…Como tua recente Melhor Amiga! Eu acredito que não te vais arrepender! Credo! – suspirei profundamente!
-Eu vou então! Sabes uma coisa acertei mais ou menos na minha imaginação em relação a ela…Obrigada Mered!
-Está bem! Mas não me agradeças homem, ela está à espera e olha que não gosta muito, quem é que gosta! Vá, bate aqui BFF!
E vamos deixar a magia criar-se! Não me perguntei porque é que eu já sabia que ia resultar! Sabia-o!
Fiquei com Bill no quarto a matar saudades, ele quase me ia deixando sem ar por saber que consegui o papel…
Tom caminhou pelo corredor com a pulsação a fervilhar por entre as suas veias, o elevador deixou claustrofóbico, mal colocou os pés no piso de entrada do hotel!
Tom
Via já bastante impaciente reprimindo os seus lábios e cerrando os seus olhos, provavelmente estaria a perguntar-se por que raio a sua melhor amiga estava a demorar!? Mantinha os olhos fechados com alguma força, para se conseguir acalmar, nem deu por mim… Tinha um top cinzento justo e com um decote sorridente, umas jeans skini de ganga escura manchadas, um laço preto a atar o seu cabelo em forma de rabo-de-cavalo, e teimava em bater com os seus all star negros um contra o outro! Agachei-me para ficar ao mesmo nível que ela, visto que estava sentada, e coloquei as minhas mãos sobre as dela! E de repente esta abriu os olhos…Eram lindos… Perfeitamente azuis sobre os meus de ouro!
10Reencontro dos Laços
Swan Lake Ballet by Tchaikovsky
A vida não deixa de ter significado quando nos afastamos de algo, ou de alguém, apenas perde mais cor, apenas temos de guardá-la na nossa memória…porque um dia ela aparecerá de novo, os destinos serão cruzados para que esta nova oportunidade fosse agarrada e enlaçada outra vez!
Os rapazes voltaram para o hotel, após me terem deixado, como não poderiam assistir à audição, teve de ser; mas eu sussurrei ao ouvido de Tom – “Eu prometo que quando voltar hoje à noite para o hotel, levo a Elisabeth!” – ri-me após o seu sorriso; caminhei lentamente até a uma senhora que estava a encaminhar as bailarinas e bailarinos que iam chegando, esta disse-me que me mudasse nos bastidores do palco e que procurasse o número 23, igual ao meu era uma outra jovem…as audições eram a pares devido ao enredo da peça! Lá fui sem nunca deixar de pensar nela, o meu coração apertava-se a cada picada de ansiedade, de repente após retirar o casaco nos tais bastidores senti um perfume muito familiar atrás de mim, não mudou vejo que não…estava sentada numa cadeira pouco afastada da que me servia agora, olhando o tecto com os olhos brilhantes e uma expressão facial inquebrável e indecifrável, ainda não se mudara, continha o número na mão escrito no cartão, o mesmo da cadeira, e igualmente o mesmo que o meu, ambas nascêramos no mesmo dia, mas com um mês de diferença, ela era mais velha do que eu…mas sempre nos comportáramos ao contrário, sempre nos amaramos de igual modo…
-Ely… - a minha voz estava enfraquecida. Inclinou a sua face para a frente e cruzou o seu olhar com o meu.
-Mer… - sorriu, e levantou-se, não dissemos mais nada simplesmente, abraçamo-nos como já não o fazíamos à muito!
Vestimo-nos uma à outra como fazíamos dantes, colocamos os cartões e permanecemos, sentadas no chão à espera que nos chamassem, abraçadas uma à outra, como quando…Apetecia-me chorar, finalmente tenho-a ali comigo! Mas, simplesmente ri-me.
Entretanto chamaram-nos, respiramos fundo e sorrimos, andamos lado a lado até ao palco!
-Boa tarde, o meu nome é Fábio Lopez! E presumo que vocês são, Meredith Black e Elisabeht Swan…- demos um passo em frente após chamar cada um dos nossos nomes!
A música suou e dançamos em perfeita sintonia e alegria, mesmo que não passemos já valera a pena por nos termos encontrado, e por dançarmos de novo juntas!
-Mer! - sorriu hesitante!
-Diz Ely! – abracei a com mais força!
-Tive saudades tuas, mas agora já não!
-Nem eu Ely! – ri-me, e ganhei coragem! – Ely, e então como vamos de companheiro!?
-Que raio de conversa, estás tu parar aí a prolongar! – com muito esforço ocultei a gargalhada que estava prestes a dar, ela ficava sempre atrapalhada com este assunto. Fiz uma careta… - Pronto! Não tenho ninguém, desde que…Bem tu sabes!
-Isso vai mudar!
Fui interrompida pela nossa chamada, para sabermos se tínhamos ficado com os papéis ou não!
-Olá de novo meninas! Chamei-vos, porque vão ficar com os dois dos papéis principais da peça, venham aqui buscar os envelopes, cada um deles contém os vossos nomes, com as informações das vossas personagens, o guião, e um DVD com a coreografia só vamos conter dois ensaios gerais, um depois de amanhã e o outro para daqui 5 dias!
-Obrigado senhor Lopez! – dissemos em coro!
-De nada! Até depois meninas!
Saímos do teatro, como prometido a boleia estava lá! Ela estava um pouco confusa e ainda mais quando me ouviu a falar com o segurança, Tobi! No interior do veículo ela não parou de me questionar, para onde íamos!
-Meredith Black, eu não acredito que ficaste bilionária e não me disseste nada, não me digas que és uma estrela!? Oh! Mer! Onde Vamos!?
Não lhe respondi…Esperei que fosse descobrir!
- Que cabra! – Grito. O Jack dá um pulo da cama e fica a olhar sério para mim. Grr…se ele soubesse quem é a mãe dele, de certeza que não ia querer ficar com ela. – Que foi? Agora já não posso falar, é? – Olho com raiva para ele. Eu sei que ele não tem culpa, mas só de olhar para ele lembro-me da infeliz da mãe dele e do “não”. Eu odeio barras…odeio que me troquem, ainda por cima por gente que não vale nada.
- Pai..poque é que estás a falá axim comigo? – Ele vem para o meu colo. Que fofo, mas não sei se deva confiar. A mãe dele também é uma sonsinha de primeira. Ele magoou-me muito e nunca mais vou esquecer isto, nem aquela noite maldita.
- Não ligues. Eu só estou um bocadinho nervoso. Não é por ti…. – Eu levanto-me e pego nele ao colo. – Agora está na hora de ires para casa. A tua mãe já deve estar à espera… - Abro a porta do quarto e saio ainda com ele ao colo, não posso tratá-lo mal senão perco-o de vez.
Entramos no carro. Eu ponho-lhe o cinto, como sempre… E arranco. Eu sei que se calhar há bocado exagerei, mas estava convencido que ele ia querer ficar comigo…Para além disso, ele comigo ia ter mais oportunidades e mais condições, mas tudo bem. Se é essa a escolha dele, eu vou respeitar.
- Papá, poque é que não falax comico? - Ele olha para mim com aquela carinha fofa de sempre, enquanto mexia na sua camisola e a enrolava nos dedos.
- Queres falar sobre o quê? Ah já sei…Queres mais dicas minhas, não é? – Sorrio, mas confesso que foi um sorriso falso, vá….um sorriso triste. Não tenho motivos para estar contente.
- Ximmmmm! – Ele pula do banco e começa a bater palminhas. Eu sei que faço sucesso com as raparigas, só não sabia que os rapazes também me adoravam, isto está-me no sangue, ser bom até morrer. Estou-me a imaginar já velhinho cheio de rugas e as raparigas novas de volta de mim…” O Sr.Tom não quer que lhe faça uma massagem?” Que paraíso…tirando a parte de nessa altura já ser corcunda e de ter só peles.
- Então é assim…Quando vais ter com uma menina e vês que ela tem uma mamas grande e um rabo jeitoso o que é que tu lhe dizes? – Franzi a sobrancelha, estou curioso com a resposta dele…
- Digo…Ohá menina, quéx i dá uma vota no meu carroxel? - :| ai mãezinha. Eu a pensar que ele ia dizer ..”olá menina, és bonita” ou então imaginando o pior “ olá tens as mamas grandes e o cu bom. Vamos ao que interessa?” Agora…dar uma volta no carrossel, essa é boa.
- Não, Jack. Claro que não podes dizer isso! – Digo eu, desviando a atenção da estrada – Encostas-te num sítio qualquer mas que ela te possa ver bem. Depois olhas para ela até ela perceber que tu estás interessado nela, mas quando ela olhar para ti tu desvias o olhar. Vais molhado os lábios com a língua e tal….
- Axim? – Babava-se todo. Credo…se ele fizesse isso elas iam fugir.
- Não, Jack. Assim… - Exemplificava, passando a língua no meu precioso piercing que elas tanto adoram. Quando faço isto nessas condições há festa na certa….:|
9Elisabeth Swan
Crazy by Alanis Morissette
Estava no quarto a vestir a farda, e de repente veio-me uma memória à cabeça...
Flashback
-Mer! – sorria para mim, aquele sorriso fazia-me desejá-la a cada segundo!
-Desculpa Ely! O que é que disseste!? – tinha de amá-la e teria ela de me amar!?
-Eu estava a dizer, Miss! Que hoje vamos almoçar ao MacDonalds, e que tenho de te mostrar as novas peripécias dos nossos gémeos favoritos... – dissemo-los em simultâneo por instinto. Tom e Bill Kaulitz... – demos uma gargalhada ao presentearmos os seus nomes, e depois abraçamo-nos fortemente, era Verão em Lisboa e as aulas iriam acabar!
Tinha um medo terrível de a perder, o que seria de nós assim que concluíssemos o 12º ano, e nos dedicássemos aos nossos cursos!
Fomos abraçadas a andar até ao pavilhão onde teríamos a última aula antes de almoçarmos, sorriamos uma para a outra como sempre...
End of the Flashback
Sinto a tua falta Ely!
Corri daquela divisão para fora...doía muito! Mesmo amando-o, será que ainda a amo! Fui até ao exterior, era hora do treino físico! Já depois deste fui até ao balneário tomar um duche, estava agora em frente ao espelho olhando-me com raiva e compaixão, esta farda assentava-me tão bem, fazia de mim perfeita como um anjo, mas eu não o era! Comecei a cantar, uma musica que no fundo...Aquela era como se escrita para mim, para todos os nós da minha vida, aqueles que amo e continuo a amar até para lá do infinito!
Man decides after seventy years,
That what he goes there for, is to unlock the door.
While those around him criticize and sleep...
And through a fractal on a breaking wall,
I see you my friend, and touch your face again.
Miracles will happen as we dream.
But we're never gonna survive, unless...
We get a little crazy
No we're never gonna survive, unless...
We are a little...
Fui almoçar, com a música na cabeça…Ela estava perto essa era a razão daquela visão, e eu não sei se haveria de estar contente ou não!? Só sei que me deixava inquieta, sem reacção ou com cerca de infinitas reacções aquele reencontro, não comi grande coisa, apenas a sopa. À tarde dei a aula teórica de geometria Descritiva aos miúdos, depois telefonei a Bill!
-Estou!? – ouviam-se alguns gritos de onde quer que estivesse! Ah! Pois é hoje era o concerto!
-Olá Billy! – não consegui disfarçar, a minha voz saiu meio tremida
-Olá Mer! Estás bem!? Que se passa!? – fogo, ele percebeu!
-Mais ou menos! – já não dava para negar! – Mas, depois eu falo contigo! – ri-me, para que não se alarma-se! – O concerto!? Como é que correu ou vai correr!?
-Estamos num intervalo! Olha, agora tenho de desligar…Fica bem amorzinho! Vou te buscar aí às 17 horas e 45 minutos! Beijo Amo-te três vezes! – riu-se!
-Ok! Beijinhos! Também te amo três vezes! – desligou!
Como prometido, lá estava o carro negro, com vidros fumados à minha espera! “Caminhai meu miserável ser”, era o que a minha mente proferia…desde o portão do colégio até à viatura, começava a gelar por dentro e por fora, o meu coração queria saltar do meu peito, as botas castanhas pesavam mais do que o habitual, o casaco cinzento até ás canelas era um escudo amaldiçoado que me arranhava a pele, sentia-me tonta pronta para cair a li, tornava-se difícil andar com aquele enorme saco verde caqui a tiracolo, mais próxima do carro…um segurança abriu-me a porta do carro, e quis colocar a mala no porta bagagem, mas eu disse que não, e sentei-me no banco de trás de costas para o condutor, numa das pontas vendo o mundo de novo entre o vidro, olhei para Tom que se encontrava a minha frente sorrindo, depois Georg no meio, e em seguida Gustav; senti o toque da sua mão no meu braço, de repente uma lágrima caiu do meu olho, oculto pelos óculos de Sol, mas esta não se mostrou para lá da face que não se escondia por debaixo dos mesmos. Coloquei a mão no bolso do casaco e retirei a nossa fotografia, estávamos sentadas nas escadas vislumbrando a Torre Belém e o rio Tejo, pedimos a um senhor que nos tira-se a fotografia! Antes que outra lágrima caí-se debrucei-me sobre o seu colo e apertei a sua mão com força.
-Mer! Já me podes dizer o que se passa!? – ele permaneceu sereno segurando na minha mão, e com a outra acariciando a minha face!
-Billy! Eu…Hoje é a audição! E para além disso eu vou vê-la!
-É hoje!? Não disseste nada! A que horas!? Vais ver quem!? – estava confuso!
-É às seis horas! – retirei os óculos, coloquei o cinto, ele indicou ao segurança o local. Pus a minha cabeça no seu ombro, e dei festas na palma da sua mão sorrindo! Para ele, e para os outros! – Vou ver de novo após algum tempo! A Magnífica Elisabeth Swan! E alguém irá adorá-la! – Tom arregalou os olhos após o meu sinal! Rimo-nos!
Estou aqui Ely! E vou continuar para sempre, como sempre estive!
8MTV World Stage – Malásia
Noise by Tokio Hotel
Bill
Voltei ao hotel, caminhei pelo corredor...podia dizer que o que estava a fazer não era caminhar, mas sim voar, bem alto para lá do infinito! Parei em frente à porta do quarto da outra metade da minha Alma, uma pertencia à Meredith e outra a Tom! Eles completavam-me tornavam-me mais forte ou mais fraco, eles controlavam as minhas emoções. Bati à porta como sempre tive que esperar, que ele se apercebe-se que estava alguém a bater à porta, e se isso acontecesse já era um grande passo no seu cérebro! E finalmente ele abriu a porta!
-Bom dia! -entrei no quarto vagarosamente! – Dormiste bem mano!?
-Sim! Podia continuar a fazê-lo se não fosses tu... – de repente deixou de falar reparando em como ele sorria e os seus olhos brilhavam! – Bill!? O que se passou... Que cara de parvo é essa!?
-A minha parvoeira chama-se Mer... – sorria!
-Eu já desconfiava! E então!? Vá conta! – saltou para o sofá para junto do irmão, alegrando-se por o ver nas nuvens!
-Passei a noite dormir agarrado a ela, depois de manhã quando nos levantamos...Bem tomamos banho, e...Aconteceu naturalmente! Foi magnífico! – o Tom arregalou os olhos e fintou-os nos do irmão! Seria possível!?
-Tu já não... – Bill acenou com a cabeça afirmativamente! – Bem ela deu-te forte e feio! Parabéns maninho! – abraçaram-se!
Passadas 3 horas, mais precisamente às 10 horas em ponto os quatro elementos da banda esperavam pelo David, na recepção!
Mal chegamos para fazer o sound check a multidão à entrada do festival berrava! Depois deste fomos almoçar. O concerto foi simplesmente um espectáculo, adorámos! Seguiram-se depois a conferência de imprensa, e algumas entrevistas. Mas, a minha cabeça estava em Mer, e no nosso passeio de hoje!
22º Capítulo
Passou uma hora e eu continuo aqui imobilizado na cama. Não sei onde o Jack possa estar, mas agora também não estou com cabeça para estar com ele. Sinto a presença de alguém…deve ser só o Bill.
- Papá, poque é que tas a chorar? – Ele senta-se ao meu lado. – Eu não queo que fiquex tiste. – pois, agora é tarde demais para me dizer isso. Eu sinto-me trocado por uma vagabunda.
- Deve ser impressão tua. – Sorrio, enquanto as minhas mãos secam as últimas lágrimas que ainda permanecem no meu rosto. – Eu estou muito feliz. Muito mesmo, melhor que nunca. Assim até fico com mais tempo para mim e tudo. Tens razão é melhor assim…Poupas-me trabalho e tempo. E na verdade…eu ainda sou um estranho para ti, não é? – Levanto-me rapidamente. Se calhar exagerei…Mas não aguento mais. Tudo o que eu menos quero é descarregar em cima dele. Ele não tem a culpa.
Ele não responde. Apenas baixa a cabeça e abana as suas pernas.
Eu preciso de desabafar. Tenho que procurar o Bill. Eu sei que o Jack não tem a culpa mas fiquei irritado com as palavras dele. A mãe dele não presta e ele ainda não percebeu. Só espero controlar-me até à hora do levar para casa, senão nem quero ver….
O Jack pega no comando e liga a tv. A minha sorte é que não estava lá nada de mal, não tenho tido tempo para ver a mansão da playboy e como não estive em casa estes dias também não tinha lá nenhum DVD dessas indecências. Opá nem sabem a raiva que isto me está a meter, palavra. Agora até olhar para ele me irrita. Afinal ele não gosta de mim. Preferiu a outra catatua, eu ainda nem acredito….
É isso preciso dum banho para relaxar… Vou até ao WC. Dispo o resto da roupa que ainda me faltava e entro na cabine. Rodo a torneira e começa a cair sobre mim água gelada…
[flash back]
Estávamos no baile de finalistas, uma noite maravilhosa. Mas para mim uma noite sem sexo não é nada por isso deixa-me mas é procurar uma vítima. Sento-me no balcão, aqui está-se bem. Consigo ver todas as meninas a dançar e digo-vos que há com cada uma… Eu sei que todas sonham para ter uma noite comigo, eu sou muito competente naquilo que faço.
De repente uma menina aproxima-se de mim. A Lizy. Fogo tinha logo que me calhar ela…Pronto, tenho que admitir que ela hoje nem está tão má como costuma estar. Não tem os óculos e está com maquilhagem. Tem os olhos muito bonitos, só agora é que reparei. E o vestido é razoavelmente curto, o que eu adoro.
- Olá Tom. – Ela aproxima-se de mim, encostando o seu corpo no meu. – Estás aí tão sozinho… - passa a mão por cima do meu membro. – Acho que hoje podíamos divertir-nos imenso…os meus pais estão fora e o meu irmão foi dormir à casa da namorada…Se quiseres… - pega nas minhas mãos e coloca-as na sua cintura. – Podia mostrar-te a verdadeira Lizy, o que dizes? – Ela beija-me. A sua boca sabe a morango, é bom. Retribuo o beijo. Aquilo era delicioso demais para ser verdade.
Enquanto as nossas línguas brincavam, ele conduzia-me até à rua. Estava frio, por isso puxei-a mais para mim, os braços dela estavam gelados...E apesar de ela estar mais produzida não quer dizer que eu vá ter alguma coisa com ela, acho que posso arranjar melhor…
- Olha Lizy…Eu tenho que voltar para o baile, sabes como é que é. Está lá o meu irmão e depois se ele não me vir vai ficar aflito e… - Ela passa o seu dedo pelos meus lábios, impedindo-me de falar.
- Esquece Tommy…Podemos ir só até minha casa beber qualquer coisa. O meu pai tem lá cenas fixes… - Para beber, bebo no baile de finalistas, não é preciso ir a casa dela.
- Estás com medo de mim, é? – Ela morde o seu lábio, enquanto olhar para mim com um ar provocador. Digamos que aquele aparelho também não ajuda mesmo, ficava mais sexy se não o tivesse. Opah e o decote dela está mesmo a pedir as minhas mãozinhas.
- Pronto, está bem. Vamos lá! – Ela sorriu. Os seus olhos brilhavam imenso, se calhar estava com lentes. Só agora é que reparo no corpo dela e não é feio. Tem bastantes curvas, mas com as roupas que ela leva para a escola, que parece que são do século passado, não dava para ver nada.
Chegámos a casa dela, e ela levou-me imediatamente para o quarto.
- Mas então não íamos beber qualquer coisinha? – Pergunto eu. Sou tão inocente, o que ela queria era outro tipo de bebida. Ela sai do quarto e passado 5 minutos volta apenas com uma lingerie preta de cortar a respiração e uma bebida que nem reparei bem no era.
- Oi Tommy. – Ela sabe como me provocar. Serve-me a bebida e eu engulo tudo duma vez. Era muito forte, a minha garganta parecia estar em chamas e senti algumas tonturas – Estás assim com tanta sede? – Voltava a encher-me o copo e eu repeti o que tinha feito. – Se continuares assim, a garrafa acaba-se num instante, – voltava a encher o copo.
- Tu não bebes, Lizy? – Ela ficou um pouco sem jeito e não respondeu. Não porque é que ela fez isto. Será que a bebida tinha alguma coisa? É melhor não beber mais – Chega…tenho a garganta a arder.
- Só a garganta? – Sobe para cima de mim e aproxima os seus lábios do meu ouvido – Eu tenho o corpo todo em chamas… - Morde-me o lóbulo da orelha. Ela estava a conseguir o que queria. O Tommy estava cada vez mais a ocupar-me o espaço livre que ainda tinha nos boxers. Ela começa a despir-me até eu ficar só de boxers.
- Lizy….precisamos de protecção… - Digo eu. Possas, não queria ser pai logo agora, ainda por cima dum filho dela. Ela levanta-se rapidamente e desaparece. – Queres ver que ela está a brincar comigo…. – Passado 5 minutos, ela volta com uma embalagem dum preservativo. Que alivio…pensei que me tinha deixado pendurado.
[flash back off]
7Meredith e Bill
Memories by Within Temptation
Apertei a gabardine contra o meu corpo; o ar condicionado do hotel era intenso, e frágil como sou já começara a deixar os seus vestígios, mas não era só isso que me deixava sem folgo, mas também... Ele caminhava à minha frente num passo apressado, não é que não o acompanha-se, mas, à medida que cada pé seu quebrava o chão, o meu coração apertava-se contra si mesmo no mesmo compasso que um só seu passo! De repente parou, inseriu o cartão na fechadura agilmente e a porta abriu-se, entrei logo a seguir a ele, e fechei a porta...
-Meredith...a mim não precisas de contar a base da tua história, porque eu tenho vindo a sonhar contigo a minha vida toda! Não te consigo dizer porquê!? Mas há algo que estes sonhos nunca me disseram, só o meu coração o pode fazer! Eu estou a tentar dizer-te que te Amo! Quem me dera ter nascido ao teu lado, passar todos os dias da minha existência... sejam eles maus ou bons, fáceis ou difíceis! Eu quero; agora que te encontrei estar junto a ti, quando o meu olhar fixou o teu eu morri e renasci, paraste de vez a minha circulação sanguínea e depois puseste o meu coração a bater de novo mais livre do que nunca, as minhas entranhas foram restauradas por ti, eu compreendo-te, porque sempre senti a tua dor como minha, e na verdade a minha não era muito diferente... Eu!
A sua voz era suave, a sua respiração misturava-se com a atmosfera aérea do quarto, respirávamos o mesmo ar! Drogávamo-nos um ao outro inocentemente...A única coisa que fiz em todo o seu discurso, foi contemplar a sua face! De facto era este o Anjo, o meu Anjo. Aproximei-me para que ficássemos de olhares fixos, naquele ambiente escuro, depois lancei a minha mão sobre a pálpebra do seu olho.
-Cegam-me...teus olhos! E o ódio que tenho ao desejo que cresce ao ver teus lábios cravando meu coração...Sou-te vulnerável demais para resistir. A tua pele é como uma tela onde a minha pode pintar...De mãos atadas e espíritos unidos! Somos nós; Drogados mutuamente, num Amor condenado e dependente! – depois da minha expressão de emoções nele, toquei com a ponta do meu nariz na sua face e senti uma lágrima sua cair sobre mim. As respirações era tão intensas, que davam noção de que naquele instante nenhum de nós respirava, éramos selvagens um para o outro interiormente, compreendíamo-nos sem nos tocarmos sem comunicarmos, era como sempre nos conhecêssemos mesmo que não correspondesse à realidade, mas se calhar até corresponde, talvez esta realidade exista noutra dimensão noutra vida nossa, quem sabe eu continuo a achar que todos nós habitantes deste Universo ou de qualquer outro somos Anjos e que só pelo sermos...somos por si só Puros! A sua boca contra a minha, foi como se fizéssemos uma troca das nossas almas com os nossos corpos! Gritar no seu interior era tudo o que faria neste preciso instante, sentia-me feliz, mas também me sentia zangada, só agora é que apareceste! Tive a sofrer este tempo todo por ti, deixando de respirar lentamente foi uma tortura, horrível gritei noite após noite castigando o mundo por fazer parte dele, AH! Meu Deus sinceramente o quanto miserável eu sou, porquê!?
Agora depois de me aninhar a si...a noite tornou-se fria demais para um só ser, estava ali e o mundo que tenta-se tirar-mo de mim que iria sentir as minhas entranhas a destruírem tudo e todos...Sei que é estúpido dize-lo, mas! Sim és a minha razão de viver desde o Fim até ao Início. Não acredito que de facto tenho a face perfeita dum Anjo sobre o meu ventre, os seus braços agarrando a minha cintura como se fosse a sua última oportunidade de o fazer, as nossas inspirações e expirações estavam em sintonia, aconcheguei de novo o cobertor sobre nós e voltei a ajeitar a almofada nas costas do sofá, depois de nos beijarmos abraçamo-nos e entretanto...adormeceu! Antes de o fazer também lembrei-me que seria boa ideia pôr o alarme no telemóvel para as 6 horas da manhã, não havia stress em adormecer, mas não queria correr esse risco no meu primeiro dia de trabalho neste novo ambiente!
Que raio, que som é este!? Ah! Espera aí...é o alarme! Abri os olhos de repente, agarrei no telemóvel e retirei o alarme. Ele dormia calmamente, ficou a noite toda na mesma posição, tal e qual como eu, muito quietinhos!
-Bill! – Não me apetecia acordá-lo...ele dormia tão bem! Mas, eu precisava de sair de baixo dele! – Bom dia meu dorminhoco! -dei-lhe muitos beijinhos na sua face! Ele abriu os olhos calmamente!
-Que horas são Meredith! -ri-me, depois do seu olhar de mau juntamente com a sua pergunta bem afirmada!
-São 6 horas da manhã! Eu não te queria deixar aqui, mas é o meu primeiro dia de trabalho! Desculpa! -começava a ficar triste!
-Vou sentir a tua falta, Mer! -abraçou-me com muita força, e depois levantou-se, e ajudou-me a levantar-me! -Prometes que me ligas, assim que acabares de trabalhar, hoje vamos passear! E aí de ti que digas que não!
-Achas que diria que não seu tonto! Olha preciso de tomar banho onde é a casa de banho!? -apetecia-me gargalhar a cara dele de manhã era tão fofinha!
-Eu levo-te lá! -agarrou-me e puxou-me até lá!
-Eu estava a pensar, e que tal se...já que estás com essa cara de cientista maluco! - não consegui evitar e ri-me bastante da sua cara fingida de enjoado!
-Mer não sejas mazinha... – baixou a face!
-Estava a brincar, eu queria dizer que talvez essa cara fique melhor se tomares banho comigo! -agarrei-me à sua cintura!
-Porque, é que não disseste logo! -riu-se manhosamente!
Senti o casaco de malha branco curtinho tornar-se mais solto, e logo a seguir este caiu no chão, o mesmo fiz com o seu casaco de malha negro gigante, as suas mãos já percorriam os meus ombros para retirar de mim o maiô negro, retirei-lhe a camisola cinzenta...Pouco depois já estávamos dentro da banheira! De manhã estava frio, pus a água a ferver, sabia bem... Arrepiei-me ao sentir a água quente no meu corpo gélido, senti-o agarrar-me mesmo estando de costas um para o outro, virei-me e olhei-o nos olhos, não resisti a colocar uma das minhas mãos no seu peito, e outra na sua face, ele apertava-me cada vez mais contra si, beijamo-nos debaixo daquela água e vapor, mas não ficamos por aí, percorremos todas as zonas dos nossos corpos com um desejo ardente florescendo intensamente em cada um de nós. O facto de ele me penetrar foi magnífico, senti-me amada como nunca, perdi-me naquele mar... Era uma sensação inexplicável, senti-lo! Agora na água não havia só água, mas também sangue, entregara-me a si, e ele fizera o mesmo, pela primeira vez a alguém!
Depois de meia hora no banho, no meio de produtos de higiene e prazeres, encontrávamo-nos no seu quarto enrolados nas toalhas, observando-nos um ao outro a vestirmos a roupa!
-Tomas o pequeno-almoço comigo? Billy! -ri-me ao ver o seu sorriso de felicidade estampada no rosto!
-Claro! Mer, eu sei que já sabes, mas eu quero dizer-te de novo! -abracei-me ao seu ser, antes que ele pudesse dizer alguma coisa! – Amo-te! Amo-te! Amo-te! -abraçou-me tão fortemente, que quase fiquei em picadinhos! Afastei-me um pouco de si, e depois saltei-lhe em cima e caímos os dois sobre a cama! Rimo-nos tanto...
-Amo-te! Amo-te! Amo-te! – Beijei-o! – A partir de agora, sempre que dissermos que nos amamos, dizemos Amo-te-3, Por que assim fica: Amo-te, Desejo-te, Venero-te!
-Combinado! – Sorriu e levantou-me da cama!
Saímos do seu quarto, de mãos dadas, saímos pelas traseiras do hotel, para não nos chatearem, entramos num carro que Bill pedira, fui a conduzir, e ele pôs-se no banco de trás, encolhido por causa dos fãs e da imprensa! Passados 2 quarteirões, ele sentou-se no banco de trás mesmo atrás do meu assento de condutor e colocou os seus braços sobre os meus ombros! Avistei uma cafetaria e pastelaria, deixei-o no carro e fui buscar a comida, voltei para a viatura, tinha adormecido, coitadinho estava cansado! Conduzi o carro até ao meu local de trabalho e depois acordei-o, comemos, despedimo-nos e ele voltou ao hotel no carro!
Tom
A claridade entrava pela janela, tinha-me esquecido de puxar as cortinas na noite anterior, abro lentamente os olhos e a dor de cabeça permanecia, elevo o corpo até ficar sentado na cama, esfrego os olhos e sacudo o cabelo com as mãos. Rodo as pernas até estas estarem fora da cama e elevo o corpo, caminho até ao WC. Depois da minha higiene feita, vou até as malas e retiro uma muda de roupa para vestir, olho para o espelho para ver se estava tudo em ordem, pelo canto do olho posso ver o meu telefone sobre a mesa de cabeceira, viro-me para trás e avanço até estar novamente junto da cama, pego no pequeno aparelho e volto a digitar o mesmo numero da noite anterior, chama e ninguém atende do outro lado. Estava a ficar preocupado, será que tinha acontecido mais alguma coisa depois de eu ter saído????
Pego nos óculos escuros e saio do quarto, tinha que beber um café e rápido, não estava a aguentar aquelas dores de cabeça.
Chego ao restaurante e já lá estava Georg, sento-me a seu lado.
- Bons dias Geo… - digo baixo.
- Olá meu, tudo bem??? – Pergunta tirando os olhos da revista que estava a ler.
- Nem por isso. – Volto a dizer.
- Então??? O que se passa??? – Volta a perguntar.
- Estou com uma tremenda dor de cabeça, e a Carla não atende as minhas chamadas. - Digo retirando os óculos da cara e olhando para o meu amigo.
Georg olha para mim e não diz nada. Faço sinal ao empregado que por ali circulava e este aproxima-se.
- Podia - me trazer um café??? Forte se faz favor. – Peço.
- Só café?? Não deseja comer nada?? – Pergunta o empregado.
- De momento não, obrigado. Só mesmo o café. - O empregado acena e afasta-se.
Passo com os dedos pelas fontes, não gostava nada de me sentir assim.
- Há novidades do Bill??? – pergunto.
- Parece que não. – Responde continuando a ler a sua revista.
Pouco depois alguém aproxima-se da mesa.
- Bons dias pessoal. – diz Gustav com um sorriso nos lábios.
- Parece que alguém teve uma boa noite. – Diz Geo com um sorriso perverso nos lábios.
- Se tive… – diz Gustav a rir-se. – Mas não comentem nada quando a Eli estiver aqui, ok??? – Pede.
Ambos começamos a rir.
- Fica descansado que não falamos nada... – Digo olhando para a felicidade estampada na cara do meu amigo.
Continuamos ali a tomar os nossos pequenos-almoços, quando Eli entra, o olhar de Gustav iluminava a sala, Georg não consegue evitar e começa a rir, por baixo da mesa dou-lhe um pontapé para ele se calar.
- Bom dia rapazes. – Diz assim que se senta á mesa.
- Bom dia Eli. – Dizemos em uníssono, eu e Geo.
- Tom, queria te pedir um favor… - Diz aproximando-se mais de mim. – Quando puderes passa pelo nosso quarto, preciso falar contigo.
- Ok, mas há algum problema??? É com a Carla??? – Pergunto já a começar a ficar aflito.
- Sim, é por causa da Carla, mas não te aflijas, não é nada demais. – Digo.
“ Pois não, nada demais somente ela vai acabar as coisas por meio de carta.” - penso enquanto retomo o meu pequeno almoço que Gustav tinha tido a gentileza de pedir.
- Sabes alguma coisa dela? – Volto a perguntar.
- Não falo com ela desde ontem á noite, porquê??
- Porque ela não me atende as chamadas e estou a começar a ficar preocupado.
- Espera, eu vou tentar. – Diz e começa a fazer a chamada. – Vai parar á caixa postal.
Aquilo era muito estranho.
- Alguém viu o Bill?? – Pergunta Gustav, acenamos negativamente com a cabeça.
O meu telefone começa a vibrar, uma mensagem.
“ Tom preciso falar contigo, onde estás??? Rita”
Uma mensagem da Rita??? Isto estava cada vez mais estranho…
Faço a chamada e ela não demora muito a atender.
- Estou, Rita?
- Sim, Tom, onde estás??? Preciso mesmo falar contigo.
- É por causa da Carla??? – Pergunto a ficar aflito.
- Também, mas o mais importante agora é o Bill…
- O Bill???? O que foi que aconteceu com o meu irmão??? – Pergunto bastante aflito, três pares de olhos olham para mim.
- Será que podes vir ao quarto dele???
- Ao quarto do Bill??? Tu estás no quarto do Bill??? – Pergunto com cara de parvo, agora é que não estava a perceber nada.
- Sim, vem até cá acima que eu já te explico tudo.
- Ok, subo já. - Digo e desligo a chamada.
- O que é que se passou agora com a besta do teu irmão. – Pergunta Eli a revirar os olhos.
Olho para ela com ar de reprovação, as coisas entre mim e Bill não estavam famosas mas eram desnecessárias as bocas vindas por parte da Eli.
- Não sei mas vou já descobrir, a Rita está com ele no quarto. – Digo começando a levantar-me da mesa.
- A Rita??? – Dizem todos ao mesmo tempo.
- Sim, a Rita… Bem até já. – Digo começando a sair do restaurante. Sinceramente estava com um péssimo pressentimento em relação a isto tudo. Subo as escadas a passo acelerado, mantendo o mesmo passo, só parando quando estou em frente da porta do quarto de Bill. Elevo o braço com o punho fechado e bato á porta, ao meu pensamento veio o que tinha acontecido na última vez que ali tinha estado. A porta abre-se e vejo a figura de Rita, com umas olheiras tremendas, mas nos lábios um sorriso, mesmo que agastado, desvia-se para me deixar entrar, fechando a porta logo a seguir.
No restaurante
Não conseguia tirar os olhos da direcção que Tom tinha tomado.
- O que será que a Diva fez desta vez… - Digo bufando e voltando-me novamente para a mesa e começando a comer um bocado de croissant. Elevo o olhar e vejo dois pares de olhas reprovadores voltados para mim. Sei que eles não aprovam as alcunhas que dou ao Bill, mas sinceramente ele andava a passar das marcas e isso irritava-me profundamente.
- O que foi agora??? – Pergunto.
- Bem Eli, para começar era escusado seres assim tão mazinha. – Diz Georg que coloca uma mecha do seu cabelo para trás da orelha e pega na chávena para beber mais um gole de café.
- Amor… Podias controlar-te um pouco mais, principalmente quando estamos ao pé do Tom. Sabes que ele não diz nada,mas não gosta das alcunhas que tu dás ao seu irmão, fica chateado. - Diz Gustav acariciando a minha bochecha.
- Pois… Mas eu não consigo. Aquele gajo consegue-me tirar do sério, fogo só sabe fazer porcaria e depois toda a gente sai magoada, estou cansada. – Digo bufando e virando a cara para o outro lado, olhando uma arvore que baloiça ao sabor do vento. – Quando regressamos á Alemanha??? - Pergunto voltando-me novamente e ficando cara a cara com Gustav.
- Já falta pouco, só temos que dar mais algumas entrevistas e depois voltamos. – Diz chegando o seu corpo mais junto do meu, envolvendo-o num abraço.
- Estou com saudades da nossa casa, do tempo sem chatices. – Digo baixo e aninhando-me no abraço. “O pior ainda estava para vir” penso enquanto me mantenho junto do meu amor, ainda iria haver mais uma chatice antes de regressarmos a casa, aquelas malditas cartas. Porque raio concordei em fazer isto, mais valia ela falar directamente com os dois e despachava logo tudo, mas não, isto ainda iria sobrar para mim.
Georg continua a ler a revista que tinha em mãos e ficamos ali a acabar de tomar o nosso pequeno-almoço.
No quarto de Bill
Assim que entro no quarto reparo que o meu irmão se encontra vestido, deitado sobre a cama e ferrado a dormir. Rita aproxima-se mais de mim, toca com a sua mão na minha entrelaçando os nossos dedos.
- Tom… - começa por dizer. – Que raio se passa com o teu irmão??? – Pergunta.
Olho para ela sem perceber o que quer dizer, estou baralhado sem entender o que faz ela ali, no quarto de Bill.
Rita apercebe-se e puxa-me para junto da janela do quarto, a cortina está um pouco afastada, deixando entrar alguns raios de sol.
- O que estás aqui a fazer??? – Pergunto tentando perceber o que se está a passar.
- Acho melhor sentares-te, pois o que te vou contar não é nada bom… - Diz.
Sento-me no pequeno sofá de cor creme e olho para ela cada vez mais intrigado com o rumo da nossa conversa.
- Ai Rita, estás a deixar-me preocupado, o que foi que aconteceu??? – Pergunto já mais aflito.
- Tom… o que se passa com o Bill???? – Pergunta enquanto se ajoelha junto do sofá.
- O que queres dizer com isso???? – Pergunto e começo a pensar em que embrulhada está metido o meu irmão desta vez.
- Encontrei o Bill esta madrugada, a ser escorraçado de um bar, os seguranças simplesmente o empurraram para fora do bar e deixaram-no caído no chão. Estava perdido de bêbado e nem sequer me reconheceu quando me aproximei dele. No táxi apagou completamente e tive de pedir ajuda para o trazer para o quarto e desde então que ele não dá acordo de si.
Olho para ela sem conseguir articular qualquer palavra, o Bill estava com graves problemas, a bebida estava a dar cabo dele e alguém tinha que o chamar á razão, e era isso que iria fazer assim que ele acordasse, mesmo ele não querendo iria ouvir das boas.
- Isto tem tudo a ver com o que aconteceu entre ti e a Carla, não tem????? – Olha fundo nos meus olhos.
Desvio o olhar por alguns segundos antes de responder, levanto-me e caminho novamente até á janela. Viro-me para a encarar e responder á sua pergunta.
- O Bill apanhou-me em casa dela, depois de termos passado a noite juntos e não gostou do que viu, foi violento com a Carla e não fala comigo desde então.
- Oh Tom, nem quero imaginar o que estás a sofrer com esta situação toda.
- Estamos a sofrer os dois, ele nem sequer me deixa falar, não que eu me queira explicar de alguma coisa, toda a situação aconteceu sem ser planeada e para ser sincero gostei mais do pensei vir a gostar, mas isto tudo está a dar cabo de mim. – Digo já com as lágrimas a nascerem nos olhos.
Rita aproxima o seu corpo mais do meu e os seus lábios encostam-se suavemente aos meus. Não consigo evitar o toque, é mais que evidente que existe uma química muito forte entre nós, impossível de explicar.
Os nossos lábios separam-se e um sorriso aparece em ambos.
- Falaste com a Carla sobre esta situação?? – Pergunto.
- Eu tentei ligar-lhe, mas ela tem o telefone desligado, já lhe deixei montes de sms, mas ela ainda não respondeu.
- Curioso, eu também tentei falar com ela e não obtive qualquer resposta, estou a começar a ficar preocupado, não falo com ela desde aquela altura, eu não queria tê-la deixado sozinha, mas ela insistiu que eu devia de ir atrás do meu irmão…
- Ela teve razão, mas pelos visto não adiantou muito. – Diz, enquanto me sento novamente no sofá.
Começamos a ouvir barulho, ambos olhamos para a direcção da cama e reparamos que Bill já se encontra sentado de costas para nós, mantêm a cabeça apoiada nas suas mãos.
- Ai que dor de cabeça… - começa por dizer Bill. Rita aproxima-se mais e ajoelha-se junto á cama. Bill levanta um pouco a cabeça e olha para ela.
- Rita????? Que estás aqui a fazer??? – Pergunta um pouco confuso.
- Bill… Não te lembras do que aconteceu ontem??? – Pergunta levantando-se e sentando-se a seu lado na cama.
- Ontem????? A única coisa que me lembro é daquela terrível discussão que eu tive com aquele canalha, e de… - diz começando a levantar-se, virando o seu corpo na minha direcção e quando os seus olhos encontram os meus, explode de raiva.
- O que é que tu estás aqui a fazer??? – Diz a gritar, levando a mão á cabeça, a ressaca era bem lixada.
- Bill… Precisamos…
- Nós não precisamos nada, sai daqui já, eu tenho nojo de ti, desaparece de vez da minha vida. – Grita enquanto caminha e se fecha na casa de banho.
Olho para Rita sem saber o que fazer ou o que dizer. Caminho lentamente para a porta.
- Tom, eu vou falar com ele, tentar resolver toda esta situação.
- Obrigado, não sei se irá valer a pena, mas obrigado na mesma. – Digo saindo do quarto. Dirijo-me para a parte exterior do Hotel, podia ser que apanhar um pouco de ar me fizesse sentir menos culpado de tudo o que se estava a passar. Pego novamente no telefono e digito mais uma SMS, “ Por favor responde…” penso enquanto digito as palavras no pequeno teclado.
Estava parva com o que tinha acabado de ver, nunca tinha visto estes dois discutirem por nada, e agora nem sequer se falavam. Isto não podia continuar assim e iria fazer tudo o que pudesse para mudar esta situação. Olho na direcção da porta da casa de banho e volto a sentar-me na cama.
- Acho bem que refresques as ideias, menino Bill, pois a nossa conversa vai ser muito dolorosa. – Digo baixo.
...
- A mamã também vem? – Ele olhava sério para mim. E agora como é que eu lhe digo que não gramo a mãe dele nem pintada de ouro? Ela não vem de certeza, isso é que era bom.
- Sabes Jack, o papá não se dá muito bem com a mamã e se tu vieres ela não vem. – Escuso de estar com rodeios, esta é a verdade. Eu sei que fui estes anos todos um pai ausente, mas a culpa não é minha. Ela escondeu-me isto tudo.
- Max eu queia muito que ela também viexe comigo… - tadinho, está com uma carinha tão triste…Mas a Lizy em minha casa é que nem pensar! – E se a minha mãe pintaxe o cabeo de loiro, tu deixavas pai? – ahahahah só ele para me fazer rir num momento destes. Ele pensa que eu não gosto da mãe dele por ser morena, antes fosse isso. Ela não vale nada.
- Não Jack, não é isso. A tua mãe é muito bonita assim, mas eu não gosto dela nem ela de mim, por isso não faz sentido estarmos juntos, entendes? – Ele olha para mim confuso, se calhar compliquei demais as coisas….
- A mãe gota de ti. – ele fita o chão. Mas que conversa é essa? Eu até acho que aquela vaca não gosta de ninguém! Até se queria vender a mim… - Ela dixe-me uma vex que tu erax o paixão da vida dela. O que é que qué dize paixão? – Pronto. Lá vem ele com perguntas difíceis.
- Então, paixão é um sentimento muito forte que uma pessoa sente por outra. Eu nunca senti isso por ninguém, por isso não consigo explicar muito bem… - Pego nele ao colo e levo-o para casa – Mas, queres ou não?
- Max depoix a minha mãe fica tiste xe eu a deixar…. – Ele está a brincar com as minhas tranças, é habitual ele fazer isso. – Eu não queo que ela fique tiste. – Ele olha-me sério nos olhos. Ora! A mãezinha dele fica triste e eu não, queres ver?!
- Pois é Jack, mas se tu continuares a viver com ela eu também vou ficar triste. – retribuo-lhe o olhar. Eu sei que isto é difícil para ele e que o estou a colocar numa situação complicada. Mas mais cedo ou mais tarde isto ia acontecer. Eu não o posso perder. Imaginem que se eu ponho a mãe dele em tribunal o Jack se revolta contra mim? Depois o que é que vai ser de mim? Eu não quero isso…. – Então Jack? Queres ficar comigo ou não?
- Não, – desvia o seu olhar do meu. Eu não acredito que isto me está a acontecer. NÃO PODE! Ele trocou-me por ela. Como é que isto é possível?!
Eu sento-o no meu sofá e subo para o meu quarto, não quero que ele me veja assim. Sinto os meus olhos a encherem-se de lágrimas e a revolta apodera-se de mim. Isto é tudo por culpa dela! Se eu tivesse acompanhado o Jack de bebé aposto que ele ia preferir-me a mim. Começo a chorar descontroladamente. Isto só pode ser um pesadelo. Atiro-me para a cama e agarro-me à almofada. Toda a confiança que eu tinha com o Jack acabara de ser destruída com uma pequena palavra, “não”. Todos os meus projectos futuros foram por água abaixo. O Jack não me quer.
6Jantar Divertido
The Flood by Katie Melua
-Eu não sabia que para além de militar eras Bailarina! – Georg mostrava-se impressionado!
-Costumava praticar Ballet durante a primária, depois parei e recomecei no Secundário Ballet Contemporâneo! – um raio de memórias cegaram-me os olhos até que sentia a sua mão sobre a minha, por debaixo da mesa!
-Porque paraste? Como é que recuperaste o tempo perdido!? – Tom antecipou-se!
-Bem, eu desisti do Ballet na primária, porque eu era apenas uma criança assustada...precisava de apoio, tinha medo de falhar de não conseguir mostrar o meu talento. Na altura era tão nova que não sabia lidar com a pressão, só tinha 6 anos... Nunca precisei de recuperar eu dançava todos minutos que tinha em casa, no quarto, sozinha... era o meu mundo!
- Porque decidiste começar de novo!? – a curiosidade de Gustav aumentou!
-Tive uma colega no primeiro ano do secundário que fazia Ballet Clássico, desde miúda! Era a minha melhor amiga... Então decidi tentar de novo, mas não o Ballet Clássico, os movimentos tinham de ser tão perfeitos, os bailarinos pareciam bonecos ou robôs, eu precisava de descarregar as minhas emoções e sentimentos! Então deparei-me com esta nova vertente do Ballet, o Ballet Contemporâneo! – Ri-me!
-Como é que te tornaste Militar? - a mente de Tom confundia-se ao pensar na junção de ambos!
-Deve-se ao meu pai, e também porque era um sonho meu! – Sorri depois da cara de desapontado dele! – Decidi que era a única maneira de conseguir sustentar os meus outros talentos... E também de encontrar a Paz! - a cara dele mostrou um sorriso!
-Boa noite vedetas! Já vi que se encontram muito bem acompanhados! – senti um toque ao de leve no meu ombro, adivinhei logo Quem! Ri-me!
-David! Já jantaste? – Bill intercedeu...
-Já! Vim só dizer-vos que amanhã as 4 belas adormecidas têm de estar na recepção às 10 horas da manhã! – Riu-se!
-Combinado! – 4 em coro; não pude evitar de rir!
-Então até amanhã! Preparem-se muito bem porque este MTV World Stage tem que se lhe diga!
-Sim chefe! – 4 em coro!
-AdeusMeredith! Espero voltar a ver-te! – Já se deslocava ao interior!
-Eu também! Adeus David! – acenei e ele retribuiu!
Ficamos um pouco mais à conversa; até que depois de se despedirem de mim, Bill voltou atrás e pediu que subisse para falar comigo...
- Claro que sim, – atiro-o ao ar. – Eu nunca vou deixar de gostar de ti, – sorrio. – Tu és o meu menino perverso…. – Afinal não se esqueceu de mim. Ainda bem, e agora até era uma boa altura de fugir com ele, mas não. Quero falar com a mãe dele e dizer-lhe que a vou pôr em tribunal. Eu quero a custódia do Jack.
- Pai…o que é que tax a faxer só de cuecas… - Hei! Isto não são cuecas, são boxers. E até estou bem sexy…pelo menos a empregada gostou. – Eu tenho umax axim do xpider man .
- Isto não são cuecas, são boxers. Eu não gosto de coisas apertadas….
- Eu cá goto. A minha namorada é apertadinha… - ok…:| será que ele experimentou alguma coisa enquanto eu não tive fora? Lá estou eu a inventar. Se calhar ele deve estar a falar da roupa interior dela…Mas então como é que ele viu? Não pode ser… - Ela também uxa cuecas apertadihas, eu goto de ver. – Ai meu Deus, e continua o mesmo taradão de sempre. Mas porque é que eu ainda fico espantado com isto? Ele é sempre assim…
- Então e a tua mãe? Onde é que ela está? – Cá para mim ainda está com o jardineiro…que grande mãe. O miúdo aqui sozinho e ela deve andar na vadiagem.
- Ela tá na coxinha a faxe o bolo pa mim, – pronto…enganei-me por pouco. – Anda comigo, pai. Vamox lá. – Ele puxou-me até à cozinha. Estava a Lizy a fazer um bolo. Mal me vê e ficou estática.
- Lizy, precisamos de falar…- digo eu, enquanto a puxo para o corredor e deixo o Jack na cozinha a brincar com a bola. – Qual é a tua, hã? – abano-a pelo braço – Sua vagabunda, e a tua mãe é igual. Umas piranhas, mas isto não fica assim. Vou-te por no tribunal e vão-te tirar o Jack. Quer dizer se não fosse a Mel, eu nem sabia onde é que vocês estavam! – Encosto-a à parede e olho-a nos olhos. Consigo sentir a sua respiração… - Qual é a tua? – Mal acabo de dizer isto e ela beija-me. Ai mas ela pensa que eu sou o quê? Não brinco. Afasto-me dela e olho para ela com nojo. – Não quero nada contigo….Achas que com um beijo me ia esquecer do que me fizeste?
- Pode ser mais Tom…. – Mas que vaca…eu não acredito que ela me disse isso….
- CALA ESSA BOCA! Eu não quero nada de ti, NADA. Muito menos sento alguma coisa por ti….Espera se calhar até sinto…nojo, raiva, ódio… - olho sério para ela. – O Jack vai comigo para casa, depois logo vejo o que faço contigo.
Saio de ao pé dela. Ainda estou chocado com as palavras dela….é mesmo uma vadia. Pego no Jack e levo-o para casa.
- Papá, poque é que gitaste com a mãe? – Diz ele, enquanto fechava a porta do meu popó.
- Gostavas de viver comigo, Jack? – Agacho-me para ficar à mesma medida que ele. – O pai estava a pensar em ficares cá comigo em casa….o que dizes? – Tenho medo que ele não queira…Acho que não vou gostar de ouvir um não.
5Cenário Inesperado
Gabriel by Lamb
Fui até ao hotel onde eles se encontravam, sem os avisar...O relógio marcava 18 horas da tarde, a entrada do edifício reunia imensas fãs, (depois de uma reflexão do facto de já conhecer a cara dos 4 rapazes, antes de estar frente a frente com estes, de facto já sabia quem eram, as estrelas de rock que cresceram com a minha transtornada adolescência), caminhei no interior do mesmo, dirigindo-me a recepção, identifiquei-me e disse com quem desejava falar, de momento não estavam, fiquei a aguardar no bar do hotel!
-Boa tarde! O que vai desejar!?
-Quero um copo de Coca-Cola, com gelo, uma rodela de limão e uma pitada de cerveja!
Pouco depois a bebida já estava no fim, paguei e sentei-me num banco junto da entrada, de repente a empregada da recepção veio ao meu encontro!
-Desculpe minha senhora, o senhores Kaulitz, Schäfer, e Listing; só voltaram às 22 horas e 30 minutos da noite, não à necessidade de esperar tanto tempo eu posso dar-lhes o recado de que esteve aqui...Não se preocupe!
-Obrigada! Foi muito amável da sua parte a atenção que depositou sobre mim! Ficaria muito grata se os avisasse! Boa tarde!
-De nada minha senhora! Informá-los-ei de que os procurou, volte sempre o nosso hotel teria todo o gosto em recebê-la!
-Eu volto não te preocupes... – olhei para o seu crachá para saber o seu nome! – Sakura! Mas da próxima trata-me por tu! – sorri e fui embora!
Bem tinha de arranjar algo que fazer nesta cidade, caminhei pelas ruas, e algo chamou a minha atenção – Audição para Bailado de Ballet Contemporâneo no teatro principal de Singapura, os lucros reverteram para os orfanatos – então decidi ver!
Cheguei ao local, as audições acabavam amanhã, e hoje era o último dia de inscrições, por isso fui fazer a minha! Meu Deus já não danço há tanto tempo! Corri até a loja de acessórios de dança mais próximos e comprei tudo o que precisava, de repente recebi um sms do hotel, pois é deixei o meu número à recepcionista:
Por favor venha ao hotel a partir das 23 horas da noite, a banda quer que jante com eles!
Sakura
Que chatice e agora tenho de treinar, que horas são!? Já são 21 horas da noite! Fogo, e agora!? Já sei! Pé ante pé até ao colégio, mudar de roupa! Sentei-me na minha cama do quarto, abri os sacos e retirei em primeiro lugar os collants brancos, o maiô negro, depois o casaco branco de malha, e por fim as pontas negras, e vesti-os pela mesma ordem trocando apenas as pontas pelas sabrinas cinzentas de veludo com um acabamento de renda prateada no corte do peito do pé, fiz o penteado adequado, com o carrapito na zona do cor cabeludo e coloquei duas rosas brancas médias nos dois buracos principais das minhas orelhas, depois pus uma rosa negra pequena no segundo brinco da orelha direita, nos outros três deixei ficar argolas de prata fininhas e dos tamanhos adequados aos locais dos furos. Agarrei na minha gabardine cinzenta e a minha mala de tiracolo prateada tamanho médio, nela coloquei uma saia comprida justa clássica negra e as pontas negras de cetim.
O clima aqui era exótico, meio chuvoso e abafado, caminhei calmamente até ao meu destino eram 22 horas e 45 minutos! O céu estava calmo, assim como a noite, estava na ponta da rua e no meio desta encontrava-se o Hotel! A minha mente estava em branco, e os passos foram automáticos, mas por fim reagi ao sentir o toque das lâmpadas fortes dos candeeiros enormes e belos pendurados no tecto, assim que trespassei a porta de vidro automática enorme à entrada. Dirigi-me à recepção e lá se encontrava Sakura!
-Boa noite Meredith! Os rapazes aguardam-te lá fora! Proporcionamos uma zona privada! Vamos eu levo-te até lá! – Caminhámos lado a lado.
-Obrigada Sakura! Olha podias-me fazer o favor de colocarem uma aparelhagem com entrada USB perto de nós, é que amanhã tenho uma prova de Ballet Contemporâneo e preciso da opinião dos rapazes e da tua! – Sorri!
- Fico lisonjeada com o teu pedido, o farei!
Senti-a afastar-se de mim, logo que chegamos ao exterior, eles ainda não se encontravam no local, retirei a saia da mala, e vesti por de baixo da gabardine, voltei a fechar a mala e sentei-me num banco de jardim, que estava colocado sobre a relva!
Fartei-me de estar à espera, e o nervosismo da prova de amanhã estava a crescer no meu íntimo, a aparelhagem ainda não fora colocada...
Retirei a mala, depois a gabardine, a saia... troquei as sabrinas pelas pontas, e coloquei o Ipod numa braçadeira de plástico que se adaptou ao meu braço e a música a trespassar o ar, assim como os meus movimentos! Aquela luz que fugira de mim na minha adolescência...voltou, o espírito da minha infância encarnou no meu ser, deixei-me levar pela inocência que a muito me fora retirada!
Os rapazes caminham em fila indiana, até ao exterior, mal Bill pisa o ar de fora e vê a sua imagem angelical rasgar o ar com os seus braços, que pareciam as asas de um Anjo, o seu coração vê a paz nela como jamais vira, de seguida Tom paralisa ao lado do irmão, vendo-a envolver-se num bailado magnifico naquele chão de azulejo dourado baço, o mesmo acontece com Georg e Gustav! Os quatro aproximam-se dela, deixando um espaço uma distância significativa entre o artista e o espectador...
Há muito não me sentira assim... Outrora era um Anjo e hoje volto a senti-lo de novo, os meus olhos lacrimejam gotas transparentemente puras e salgadas ao vislumbrarem o céu, a música forma asas em minha volta, eu não danço, eu voo, sou livre, sou eu...não sou mais ninguém!
Sou um Ser Humano Mortal, com um Coração e Alma Imortais.
Bill
A música acabou, ela parou voltada de costas para nós com os braços no ar angelicalmente e as pernas flectidas e cruzadas, com os pés em pontas, não resisti em tocar-lhe, era um desejo que não só me possuía neste instante como em todos os instantes da minha vida. Fiz sinal para que a abraça-se-mos; era do que ela precisava, transmitia-me a mim os seus sentimentos e atormentos inconscientemente!
Senti-me unida por ambos o toque das suas faces em mim, as suas respirações...
- Estava a ver que não se despachavam, tenho fome! – sorri libertando-me do abraço, olhando um a um, Bill chorava e sorria, tal e qual como eu; enquanto os outros três sorriam e tentavam esconder os olhos envidraçados de lágrimas prestes a caírem dos seus rostos!
Caminhamos os cinco até à mesa em sintonia!
4Adaptação e União
Heart Breaker by Taio Cruz
Abri os olhos depois de uma sesta profunda, ele estava aninhado a mim, dormindo serenamente, de repente reparei que Tom estava sentado à minha frente, olhando-nos também em estado sereno! Não me disse nada, deu-me um bilhete, a dizer o hotel em que estariam hospedados e o número de telefone dele e do irmão:
P.S- Estamos aqui para ti, e precisamos que estejas connosco!
A noite caiu sobre Singapura, assim que os meus olhos se fecharam, já instalada no quarto do colégio militar, amanhã de manhã os meus recentes alunos guiar-me-ão pelo colégio, de modo a que eu fique a conhecer as suas instalações!
A luz matinal do Sol invadira o quarto, iluminando a minha cara, levantei-me e vesti-me a rigor, assim que abri a porta do quarto um grupo de alunos entre os 14 e 17 anos, estavam em formação aguardando pelas minhas ordens.
-Bom dia Turma! O meu nome é Meredith! Cá dentro tratam-me por Sargento Black, lá fora tratam-me pelo meu nome! – Ri-me! – Tenho a certeza absoluta que nos vamos divertir nesta nossa temporada! Vamos, não vamos!?
-Vamos sim senhora! – a turma respondeu em coro!
Retirei do bolso lateral direito das calças uns colares que continham umas asas se anjo, para os rapazes brancos para as raparigas negros, coloquei um a um nos pescoços dos meus alunos. Mandei-os mostrarem-me as instalações no fim pedi que se ajoelhassem no relvado e repetissem estas palavras:
O Amor é como a Guerra
É duro e assustador,
São ambos um ciclo!
Que trazem a Paz e o Horror
Não são em seu total...Iguais
Mas, também não são Diferentes!
São laços humanos...
Que tanto se Unem como se Destroem.
O próprio Amor é uma Guerra
Mas, a Guerra também a surge por Amor!
Depois ordenei que um a um saí-se da sua posição e viesse até mim! Cada um teria de me dizer: Quem era? O porquê de estar ali? E quem o guiava rumo ao seu futuro? Dispensei-os, para que descansassem para amanhã! E fui até ao gabinete da General Haruno, ela queria falar comigo!
3Avião Petrificado
Use Somebody by the Kings of Leon
Estava sentada nos bancos do aeroporto fardada com a farda normal de trabalho este voo tinha paragem na Alemanha, e lá estava eu no aeroporto de Magdeburg esperando pelo segundo avião rumo a Singapura, agarrei na mala verde caqui pelas duas pegas no cimo de tamanho médio com os meus bens necessários, roupa e produtos de higiene, e outra da mesma cor mas mais pequenas e com os meus documentos e outros pertences, pu-la a tiracolo e segui até à loja de souvenirs e doces que havia no interior do mesmo, apetecia-me M & M ´ s e de snickers, daqueles sacos médios 2 de cada uns para comer no avião e outros para ter lá no quarto do colégio militar. Senti um vulto passar a minha frente, não lhe dei grande importância até entender que este era um homem alto e com um cabedal definido, todo vestido de preto e com óculos de Sol,“que raio”! Não me deixei ficar e insisti com a minha passagem, mas este começou a regatear em Alemão dizendo-me para aguardar até que os seus patrões saíssem da loja, é preciso ter lata ainda por cima o voo era daqui 5 minutos, lá procurei as palavras mais delicadas para passar, mas já não as utilizei... Um rapaz loiro de olhos castanhos e pele branca, surgiu ao lado do segurança, e deu-lhe ordens para que me deixasse passar, e lá entrei sorrindo-lhe, fui até à zona dos chocolates e tirei os quatro sacos, os meus olhos sorriam ao vislumbrá-los no caminho para a caixa choquei com um rapaz com o cabelo liso meio ruivo, e de olhos verdes, mas mais claros que os meus... pedi-lhe desculpa e depois sorri de seguida, enquanto nos encaminhamos na direcção da caixa, estava primeiro que eu, e logo percebi que se encontrava com o outro loiro, pois esse aproximou-se. Já no avião coloquei a minha mala no armário por cima dos assentos juntamente com o saco de chocolates de onde retirei um dos sacos! Sentei-me do lado da janela os bancos eram beges de pele dois a dois frente a frente com outro par dos mesmos, graças a Deus o voo era de primeira classe, não havia aquela confusão infernal de passageiros! Agarrei nos headphones pretos e no Ipod de 160GB preto e ouvi uma música do modo aleatório, que por acaso era dos Kings of Leon – Use Somebody, adorava-a. Pus o cinto a pedido da hospedeira, o avião ia descolar. Passado algum tempo retirei o aparelho de música e retirei o cinto, levantei-me e retirei o casaco, fui até ao bar sentei-me num banco do balcão e pedi uma cerveja!
No outro canto da primeira classe Bill, Tom, Georg e Gustav, estavam sentados nos quatro bancos; frente a frente uns dos outros, Bill ao lado de Tom, em frente Gustav e Georg, respectivamente. Bill olhava o céu e as nuvens pela janela, Tom via um filme no seu laptop, Georg falava com a namorada pelo telemóvel, e Gustav lia um romance no meio da 2ª Guerra Mundial. Passado um pouco Georg e Tom desligaram os aparelhos electrónicos e foram beber um copo, enquanto Gustav depois de ler a última página do excitante romance...resumi-o cautelosamente para Bill que se mostrava muito interessado acerca do assunto.
Estava quase a acabar a cerveja quando sinto dois indivíduos se sentarem lado a lado da minha pessoa, mas porque é que eu nunca me sento à ponta assim evitaria estes inconvenientes, discretamente olhei para ambos, o do lado esquerdo era um rapaz profundamente rapper, o hip-hop estava-lhe bem definido na roupa...o da direita era tal e qual...espera aí eu conheço esta cara, já sei foi o tipo com quem eu choquei na loja, UPS!
- Olá o meu nome é Georg! Sabes aquele encontrão que me deste...doeu um pouco! – Ri-me mesmo estando ambos a olhar em frente, sem sequer desviarmos o olhar.
- Pudera! Já viste o cabedal dela!? - Tom excedera-se!
- Desculpa! Foi sem querer...ultimamente não sei por onde ando...nem sei...- de repente sem querer senti-me em baixo senti-me mal...
- Não há problema eu estava a brincar! – Sorriu encarando-me.
- E eu a falar verdade! – Tom interrompia sentindo-se ignorado!
- Eu até gostei da tua verdade é pena é que em parte seja mentira! – Ri-me e depois encostei a minha cabeça num instante ao ombro de Tom!
- Tenho de ir! – Georg agarrou no telemóvel e logo em segundos Tom entendeu que se tratava da namorada.
- Tu não estás bem pois não! – Passou-lhe a mão pela face!
- Hei-de ficar! Como te chamas!? – perguntei um pouco embaraçada pelo facto de ainda não lhe ter questionado tal coisa, nem sequer dito o meu!
- Tom Kaulitz! E tu? – sorriu levantando-se e segurando-me indo ambos lado a lado, eu apoiada nele, meio abraçados.
-Meredith Black! – ri-me tinha um certo orgulho em ser quem era!
Fui conduzida até outro sítio da primeira classe, senti uma sensação estranha...e de seguida um arrepio, vi o rapaz loiro da loja sentado olhando para nós meio confuso e logo, reparei nele, já junto de mim olhando-me, como se eu fosse de outro planeta e como tal, era um E.T a analisar fiquei assustada, recuando...
-Mano que se passa!? – perguntava Tom atrapalhado desconfiando da sua atitude, como se já soubesse o temido!
- É ela Tom! Olhos verdes e tristes, cabelo negro, mais escuro que a própria escuridão... e a prova final, o corte junto ao olho, e de certeza que este não é o único! – recuei para trás bruscamente, com força suficiente para Tom me deixar de guiar, mas Bill antecipou-se agarrando-me. - Calma deixa-me explicar... Falar contigo! Posso!? Não precisas de ter medo! – Bill segurou-me na mão, e como esta se encontravam tão fria, mas eu é que costumo ter as mãos a esta temperatura, estranho!
Olhei para Tom enquanto segurava a mão de Bill, ele olhava para mim como se eu fosse algum achado, estava assustada... com medo faltava-me a coragem.
-Não...Dói! - senti uma dor aguda em todas as superfícies cortadas do meu miserável ser... – Porque é que me fazes sentir assim Petrificada!?
Ele levou-me até ao meu lugar, e sentou-se a meu lado, depois de me sentar a mim; abracei-o, não o queria largar, não queria nem sequer falar, era ele ali o meu Anjo!
Tom
Os jactos de água saiam do chuveiro batendo suavemente na minha pele, fazendo com que ela relaxasse, coloco os braços de encontro a parede forrada de mosaicos em tom pérola, e de seguida encosto a testa a um deles, a conversa, aliás a discussão que tinha tido com o meu irmão ainda ecoava na minha cabeça. Georg tinha saída daqui há pouco e a conversa que tinha tido com ele fez-me pensar…
- Será que tinha agido da melhor maneira??? Será que tudo o que fiz foi tão errado assim??? Mesmo depois de tudo o que ele lhe fez, magoá-la daquela maneira tão…Caramba eu também mereço um pouco de felicidade na minha vida…
A minha cabeça parecia que ia explodir com tantos pensamentos a passarem ao mesmo tempo. Fecho a torneira e agarro numa das toalhas que se encontram dispostas em cima da bancada de mármore preto, enrolo-a á cabeça, de maneira a proteger as minhas tranças, que tanto trabalho dera a fazer. Pego numa outra e começo a secar o meu corpo, deixando-o sem qualquer vestígio de água. Deixo cair a toalha para o chão e dirijo-me para o quarto, a um dos cantos estavam colocadas as minhas malas, abro uma e retiro de lá uns boxers pretos, vesti-os e deito-me sobre a cama, coloco um dos braços sobre os olhos mantendo-os fechados, tudo o que se tinha passado nestas ultimas 24 horas passa como se fossem flashes de um filme, e a dor de cabeça aumentava a cada flash que passava na minha mente. Por um lado estava feliz, tinha realizado o meu desejo que há muito tempo tinha formulado, mas por outro lado as coisas daqui para a frente nunca mais seriam iguais. Como é que seria a partir daqui o relacionamento com o meu irmão, sim porque neste momento ele não me queria ver nem pintado, mas a culpa não tinha sido só minha, quem o manda ser tão otário e agarrado á bebida???? Desvio um pouco o braço e olho na direcção da mesa-de-cabeceira, aquele pequeno aparelho estava lá em cima, estico o braço e pego nele, digito os números e carrego na tecla verde na esperança de que ela atenda do outro lado, mas isso não acontece, volto a tentar novamente e vai parar outra vez á caixa postal. Desligo o telefone e volto a colocá-lo sobre a mesinha de cabeceira.
- Passo por lá mais tarde... – Digo baixo, deitando-me de lado e fechando os olhos na tentativa de dormir um pouco.
Bill
Estava irritado e zangado com tudo o que me tinham feito…
- Bolas Tom, não podias ter feito isto comigo, não com ela… - digo andando de um lado para o outro no quarto. Estar aqui fechado e ver na minha mente todas aquelas imagens novamente não me estava a fazer nada bem. Pego no telefone e digito o número da recepção, peço para me chamarem um táxi, tinha de sair dali, apanhar ar, colocar a minha cabeça em ordem, pois as coisas daqui para a frente nunca mais iriam ser iguais. Pego na minha bolsa, coloco um gorro na cabeça, uns óculos de sol na cara e saio do quarto. Assim que chego ao Lobby sou informado que o meu táxi já se encontra lá fora, agradeço e saio do hotel. Entro no táxi e peço ao motorista para me levar a um sítio onde possa relaxar um pouco, ele acena com a cabeça e saímos dali.
Não foi preciso andar muito pois o taxista deixou-me ficar no mesmo bar onde tinha estado, paguei e sai fechando a porta e caminhando para a entrada do bar. A música conseguia-se ouvir do lado de fora. Entro e dirijo-me para um dos cantos do bar, sento-me e faço sinal á empregada que andava a servir as mesas.
- Quero esta mesa sempre abastecida. – Digo piscando o olho e colocando uma nota sobre o tabuleiro.
- Como desejar. – Diz a rapariga com um sorriso no rosto olhando para o valor da nota depositada no tabuleiro. Afasta-se um pouco e caminha até ao bar, voltando logo depois com um copo vazio e uma garrafa aberta. Despejo um pouco do líquido da garrafa no copo encostando-me na cadeira, olho em redor e observo o movimento que se encontra á minha volta, levo o copo á boca e engulo uma enorme quantidade de liquido. Gesto este repetido logo em seguida. A noite foi avançando e continuava a consumir álcool como se água fosse. Passei pela pista de dança e deixei que o meu corpo se soltasse, tinha muitas energias negativas presas nele, dancei até não puder mais, o meu estado era de alcoólico assumido e as atitudes que estava a ter na pista fizeram com que os seguranças chegassem ao pé de mim e me agarrassem no braço.
- A noite para si já acabou. – Diz um deles puxando-me para o exterior da sala.
- Mas porquê???? – Pergunto num tom de voz meio atabalhoado devido ao álcool.
- Já reparou no estado em que se encontra??? E nas figuras tristes que tem estado a fazer??? Não queremos isso neste nosso espaço. – Diz já no exterior, jogando as minhas coisas de encontro ao meu corpo.
Fico sem reacção para as agarrar antes destas caírem no chão, deixo-me cair até estar sentado ao lado da minha mala, elevo os joelhos e coloco a minha cabeça sobre eles, fico assim por tempo indeterminado até que sinto uma mão sobre o meu ombro.
- Bill??? Ès mesmo tu???? – Diz a voz. Elevo o olhar para a figura que ali se encontra
- Quem és tu??? – Pergunto não reconhecendo a rapariga que estava neste momento a retirar o telefone da mala e a digitar um número. Volto a baixar a cabeça sobre os joelhos.
- Bem estás mesmo enfrascado, para nem me reconheceres… - diz a voz feminina ajudando-me a levantar e a agarrar nas minhas coisas, coloca o meu braço sobre os seus ombros, agarrando-me pela cintura ajudando-me a ficar em pé, com o braço livre faz sinal a um carro que pára bem á nossa frente.
Assim que a porta do carro se abre, ela ajuda-me a entrar para a parte de trás da viatura, entrando logo a seguir.
- Por favor, para o Pestana Palace… - Diz ao motorista. Aquela voz não me era nada estranha, mas não conseguia ver quem é que era a figura que ali se encontrava comigo e que se mostrava tão preocupada. Encosto a cabeça para trás e apago completamente.
Rita
Tinha terminado por hoje e estava exausta, fotografar gente famosa cansava, ainda mais uma festa com a dita malta do jet7…Depois de sair do evento, caminho um pouco pelas ruas, que a esta hora já não se encontravam tão desertas, muitos estavam agora a sair dos bares e a caminharem para as suas casas a fim de repousarem um pouco o seu corpo e alguns mesmo para curarem umas boas bebedeiras.
Tinha ficado de ligar ao Ivo assim que acabasse o trabalho, estava a vasculhar o interior da minha mala, á procura do telefone quando reparo nuns seguranças a empurrarem uma pessoa para fora dum bar, a dita figura deixa-se cair até ficar sentada no chão enquanto aqueles brutamontes voltavam novamente para o interior do edifício, aproximo-me mais um pouco para ver se poderia ajudar nalguma coisa, qual não é o meu espanto ao ver quem é que se encontrava ali jogado no chão…
- Bill??? És mesmo tu???? – Digo.
- Quem és tu?? – Pergunta não me reconhecendo. Pudera, estava perdido de bêbado.
Volto a procurar o telefone e digito uma sms ao Ivo. Guardo o telefone na mala e começo a levantar o corpo esguio do Bill, apoio o seu corpo sobre os meus ombros e agarro-o pela cintura para ele não se deixar descair outra vez, faço sinal a um táxi, ajudo Bill a entrar no carro e entro eu logo de seguida.
- Por favor para o Pestana Palace… - peço ao motorista olhando para o lado e vendo Bill apagar por completo.
- Que será que aconteceu desta vez, Bill????- penso para os meus botões.
O táxi pára em frente aos portões do hotel, o motorista foi bastante atencioso em ajudar-me a tirar aquele peso morto do seu carro, logo veio o porteiro, assim que entrámos na recepção, mais dois empregados se aproximaram de nós, agarrando no Bill e levando-o para o seu quarto. Peço a chave á recepcionista e sigo logo atrás deles. Assim que chegamos, abro a porta do quarto e deixo os homens entrarem e depositarem o corpo inanimado de Bill sobre a cama. Assim que todos eles saem do quarto, fecho a porta e sento-me na beira cama a olhar para aquela figura. Abano a cabeça em sinal negativo.
Levanto-me e vou até ao roupeiro, retiro uma manta de uma das portas, abro-a e coloco sobre o seu corpo. Pego novamente na minha mala e procuro o meu telefone, tinha que falar com a minha amiga, se Bill estava assim de certeza que tinha acontecido algo a estes dois e estava a ficar preocupada.
O telefone toca várias vezes mas ela não atende, volto a insistir, mas acontece o mesmo, vai para a caixa postal.
- Carla, por favor quando ouvires isto liga-me... – digo.
Desligo o telefone e caminho até á janela, o dia começa a nascer e o meu corpo começa a dar sinal de cansaço, devia de ir para casa, mas não queria deixar assim o Bill, olha para o sofá que se encontra junto á cama e sento-me nele, fecho os olhos e acabo por adormecer.
O avião aterra e eu apanho um táxi até à casa da mãe da Lizy. Bato à porta e ninguém responde. Ok, não me vão abrir a porta, já sei, mas que se lixe, subo pela janela. Corro até às traseiras e vejo uma janela aberta. Mas isto é muito alto….vamos lá ver. Afasto-me da parede para ganhar balanço e pulo para entrar naquele mínimo quadradinho. Bolas e agora? Fiquei preso, tenho metade do corpo dentro e a outra parte fora. Hum….se aparece algum violador e me vê assim eu nem quero imaginar o que vai ser de mim.
Acertei em cheio, ahahah estou no WC, por isso é que o quadrado era assim tão pequeno. E sabem que mais? A empregada está tomar banho. Tom concentra-te, o que te trouxe aqui não foi a empregada mas sim o teu filho. Sinto alguma coisa a deslizar pelas minhas pernas a baixo. São as calças -.- mas que porcaria de cintos.
:| Merda! Estou a ouvir cães…isto não é nada bom e acabo de ouvir um piropo “ Ó jeitosa” . Será que tenho o rabo assim tão bem feitinho para parecer que é de mulher? Bem, também o que é que esperavam de mim? Eu sou perfeito.
Aiiiii! Os cães estão a tentar morder-me as pernas! Quando eu os apanhar vão ver. São mesmo idiotas como as donas. :| Já foram. Hei! Foram caras. Vão-me pagar umas calças novas!
- Ahhhh! – Que empregada histérica – Mas…Tu não és o Tom dos Tokio Hotel? – Eu sou mesmo bom..e olha que ela também não é nada de se deitar fora….
- Sou…mas agora cala-te e ajuda-me aqui. – Eu sou tão gentil…. – Sabes se a tua patroa está em casa? – Pergunto enquanto ela me ajuda a entrar. Deviam ter visto a cara dela quando reparou que eu estava só de boxers…. – Porcaria dos cães -.- Estragaram-me umas calças novas.
- Se a minha patroa te vir assim não vai gostar, – sorri. Ai não que não vai. O que ela queria mesmo era ver o meu material. Mas não lhe posso mostrar…ela ainda tem um ataque de coração por ver uma coisa assim tão grande.
- Pois, eu quero que a tua patroa se lixe. Ela está por aqui ou não? – pergunto eu apressado. Cá para mim, ela quer é conversa….
- Então o sexgott estava a espiar-me a tomar banho. Olha, será que me podias dar um autógrafo? – Pois pois, autógrafos…A minhas noitadas começam sempre assim…Ai já não se fazem raparigas como antigamente…Agora é só desavergonhadas…
- Depois. – Saio do WC. E vou à procura da bruxa da mãe da Lizy. Ouço barulhos duma bola…se calhar é o Jack que está a brincar com uma. Corro até lá e….
Vem o Jack a correr ter comigo.
- Papá… - pula para o meu colo. Só tive tempo de proteger o Tommy, senão acho que ele me tinha acertado em cheio com os pés. Ele é tão fofinho e eu estava com tantas saudades dele. Só me apetece fugir com ele dali, mas se o fizesse ainda estava a a ser pior que a vagabunda da mãe dele. – Tive tantax xaudadex tuax. Ainda gotax de mim? – Ohh tão fofo. Os olhinhos dele estão tão brilhantes…
Star by Reamonn
Os meu olhos desabrocharam lentamente, vesti-me calmamente tentando esconder a maioria dos cortes, bebi um iogurte líquido de manga e saí de casa, o relógio marcava 10 horas da manhã, sentei-me no banco do jardim reflectindo no sucedido! O bar da academia fora assaltado e naquela noite eu é que estava de serviço nele fechei tudo até à última fechadura, mas mesmo assim não valera de nada o dinheiro da caixa desaparecera, sem mais nem menos, e os superiores trataram de me azucrinar a carola, quando eles de mim não tinham razão de queixa! Mas acerca de duas semanas atrás sentia que alguém me andava a controlar todos os passos e que conveniente, foi precisamente há esse tempo que a Sargento Alves entrara para a academia, da primeira vez que a vislumbrei no fundo do seu olhar percebi que dali só haveria chatice! Mas, não há que agir por agora, porque queimada já me encontro, vou esperar que ela se enterre por si.
Passado mais 1 dia...
O dia fora normal no regresso a academia, excepto quando o meu chefe me dá uma carta, que dizia que estava prestes a ir para a Malásia, em Singapura durante duas semanas formar alguns alunos dum colégio militar lá que futuramente terão a mesma profissão que eu... Parecia bastante interessante e talvez seja essa a melhor maneira de recuperar! O voo estava marcado para depois de amanhã, portanto cheguei a casa e fiz logo a mala de viagem, tratei de tudo no dia a seguir para poder ir para o meu novo destino.
Entretanto em Berlim, Magdeburg...
-Tom...Lembras-te daquele dia em que eu tive aquela...espécie de visão! – notava-se uma espécie de inquietação da parte de Bill.
- Sim lembro-me! Mas porquê? – o seu gémeo não ficou muito seguro quanto ao estado do irmão ultimamente, e isso começava a preocupá-lo!
-Bem, é que hoje voltei a sonhar com a mesma pessoa... – baixou o olhar depois de Tom o confrontar meio assustado, estavam os dois sentados na varanda das traseiras da residência Kaulitz, a fumar, esperando o carro que os levaria ao aeroporto!
-E o sonho foi igual!? – o irmãos mais velho levantou-se após exprimir a última palavra da sua frase banal ou não, e aproximou-se do cadeirão branco em pele onde o outro estava sentado, agachou-se e esperou que Bill o olhasse...sabia que ele não andava bem e que se perguntava mil vezes o porquê destes devaneios, sentiu uma lágrima cair do rosto do gémeo como se fosse sua, como se caí-se do seu próprio rosto! – Bill! Fala por favor! – a sua voz saiu um misto entre doce e grave.
- Não...Daquela vez era como se as imagens que via fossem de sofrimento e derradeira injustiça, mas este ser que me atormenta, já sofreu muito...vi sangue um corpo estendido...pensei que tivesse morrido, e isso aterrorizou-me! Hoje sonhei com a mesma pessoa...penso eu, com uma carta na sua mão e a única coisa que vi com nitidez, foram as palavras Malásia e Singapura. – Bill deixou-se cair nos braços do irmão, atordoado e muito enervado, chorando intensamente!
-Se quiseres não vamos para lá! Não quero que sofras mais... – de repente o gémeo mais alto afastou-se do mais velho, olhando nos olhos, Tom levou os seus dedos à face do irmão e secou-lhe as lágrimas!
-Tom...vamos sim, não adianta ficar aqui, se é lá que o destino me guia, não sei de quem se trata, mas é lá que vou saber, mesmo que me aflija vou enfrentá-lo seja lá o que for! – Tom sorriu ao ver o lado ambicioso e determinado do irmão regressar, isso acalmava-o em relação a ele, não gostava de ver o seu lado anterior...
Levantaram-se em simultâneo, mal ouviram a buzina do veículo trespassar o ar na direcção dos seus ouvidos.
Título: Will we remain unchanged? – Parte I (Crescer e dar os primeiros passos...)
Iniciada: 08-08-2010
Terminada: 30-08-2010
Género: Romance, Drama, Amizade, Guerra, Felicidade
Personagens:
Meredith Amelie Black : é a personagem principal da história, é amável; ama o Bill mais do que tudo, é Sargento na Força Aérea Portuguesa, é corajosa, não teme a morte, nem a guerra! Tem o grande sonho de ser mãe! A sua alcunha é Mer!
Elisabeth Sophie Swan: é a melhor amiga de Mer, é divertida, frágil! È Engenheira Aeronáutica, trabalha com aviões comerciais! Ela e Tom vão dar que falar! O seu maior sonho é ser mãe!
Margret Silvy: é neurocirurgiã, adora o que faz, é a namorada do Georg! Grande amiga de Meredith; esta vem a salva por ela! A sua alcunha é Marg. É inglesa!
Calliope Bird: é cirurgiã de pediatria, é muito doce e querida; apaixona-se por Gustav logo ao primeiro olhar! Chamam-lha Callie! E Mer é muito sua amiga!
Bill Kaulitz: A sua vida muda assim que conhece Meredith, mas este já a conhecia de algum lugar fora deste mundo... Começam a viver um grande amor com alguns obstáculos!
Tom Kaulitz: Elisabeth é a luz que ilumina os seus olhos; a sua vida...o seu Anjo! A pessoa que o fez mudar para sempre! Para além de Mer a sua BFF!
Georg Listing: Doido por Marg, aproveita todos os minutos que pode para ouvira sua voz! É um grande amigo de todos!
Gustav Schäfer: Por vezes Gusti tem uma recaída sentimental, mas Mer é o seu grande pilar de apoio, e vai ajudá-lo com Callie.
Banda Sonora: (Em cada capítulo a seguir ao título)
Capítulos: Primeira Parte – acabada com 30 capítulos.
Sinopse: O Amor e a Guerra andam sempre de mãos atadas para todo o lado, pois bem Mer e Billy vão poder ter um pequeno pedaço desse fenómeno nesta primeira parte, mas a Guerra terá início! Um amor que atravessará tudo, por aquilo em que acredita!
Aviso: contém alguns palavrões, são apenas dois ou três; tinham de ser colocados, são as palavras certas para descrever as situações.
Espero que gostem...
Will we remain unchanged? – Parte I (Crescer e dar os primeiros passos...)
Tr“...em botas da tropa ou em pontas de cetim negras Meredith Amelie Black permanecerá com os Anjos para todo o sempre...”
1Triste Alvorada
Mad world by Adam Lambert
O céu estava negro... as nuvens abraçavam-se sem qualquer brisa a atormenta-las, o Sol quebrava o único buraco que o céu deixava visível, rasgava aquele cenário escuro fazendo-se vencer, naquela intrigante tarde de Verão... Não era só Sol que tentava vingar a sua passagem, mas sim também eu, encontrava-me só e incompleta, abraçada ao meu próprio corpo estendida no chão, com a cara em perfil para com o azulejo gélido e frio tal e qual como a minha pele fina demais, tão vulnerável como a camada de ozono que protege o Mundo do Universo, via esse mesmo mundo sombrio através da janela com o meu olho envolvido em sangue a imagem do céu que era enviada para o meu cérebro era nítida, via na perfeição e ela podia ter várias interpretações esta era a minha...
Flashback
Acabei de sair da academia, a minha garganta secava a cada segundo envolvida em mágoa, era injusto... mas o que é justo, pois eu já não sei; posso fazer muita asneira mesmo, mas desta vez...Fui bastante responsável, como habitualmente era com as minhas funções profissionais, alguém me quis tramar e está a conseguir o que quer, detesto estas merdas!
Não quer saber se me mato a toda a velocidade no caminho para casa, ou se me detêm por não seguir as regras, afinal sigo-as sempre e é mesma história, estacionei o carro na garagem tirei a chave da ignição, abri a porta e fechei-a com toda a minha força, segui em pés pesados até ao elevador, olhei-me ao espelho do mesmo, à medida que a porta se ia fechando automaticamente... encostei-me à parede do elevador e olhei o seu tecto observando a luz do mesmo, ouvindo uma música profundamente indicada para o meu estado de espírito, mas não sabia quem a fizera, aguardava ansiosamente pela chegada até ao 12º andar, a música acabou, assim que as portas se abriram e eu caminhei até à porta do meu apartamento e a abri com a chave... mandei a mochila para o chão depois de fechar a porta, em seguida: o gorro de algodão cinzento, o lenço castanho, o colete bordado preto, depois a t-shirt cinzenta, o cinto negro, as botas castanhas de pele e as calças verde caqui. Já na banheira com água fria a correr do chuveiro, pus-me debaixo da mesma a chorar apertando-me contra mim mesma em trajes iguais aos de quando vim ao mundo, sem me secar vesti uma t-shirt branca XXXL, e irritada derrubei o jarro do corredor brusca e brutamente, desfazendo-o em cacos pelo chão, dei um passo e sentia a porcelana infiltrar-se nos meus delicados e agora doridos pés, mas não hesitei em continuar a magoar-me, afinal já o estava e nem eu me importava com esta nova atitude masoquista... mas sem cautela onde colocava os pés de sangue envolvidos de cortes, tropecei numa das minhas botas caídas no meio do corredor, e cortei-me nos braços, nas pernas e na cara com o toque violento do meu corpo com o chão, levantei-me abraçando a dor com as lágrimas que surgem de novo dos meus olhos enlaçando-se ao sangue que escorria da minha face e caminhei até à sala, deixando-me cair junto à janela que dava iluminação à divisão, devagar retirei os cacos do jarro cravado sobre a minha frágil pele, e pu-los em cima da carpete branca, e fiquei estendida olhando o céu...
End of the Flashback
Atei o meu cabelo negro e comprido ao totó que possuía no meu finíssimo pulso, e fui até à cozinha buscar um saco, apanhando os cacos no meio do corredor e na carpete, coloquei a roupa no quarto e depois fui tratar dos ferimentos, coloquei água em ambos depois estanquei-os com ligadura pus um pouco de betadine nas mesmas e fui limpar o chão.
Deitei-me na cama e liguei ao meu chefe, esperei... atendeu 3ª chamada!
- Diga Sargento Black!
- Não vou trabalhar nos próximos 3 dias! Tive um acidente!
-Mas está bem Sargento!?
-Sim! São só uns arranhões, nada demais...
Depois de alguma conversa, desliguei o telefone e adormeci como um anjo!
- Somos originais! – Toma! As verdades têm que ser ditas, mas o melhor mesmo é mudar de conversa porque isto já não me está a agradar… – Então e tu és a Alemã? – Para além da maioria das alemãs serem feias existem excepções e ela pode ser uma delas.
- Não, os meus pais é que são, – sorri. Tirando a parte das roupas esquisitas, ela até está a ser muito agradável. – Eu vim visitá-los. Também já estou cheia de saudades do meu afilhado, o Jack. – o quê? Que engraçado, tem o mesmo nome que o meu filho. Até já acho o nome bonito só por ser dele.
- O meu filho também se chama Jack, também estou cheio de saudades dele… - Quem me dera que ele estivesse aqui ao pé de mim. Aposto que ia adorar conhecer a Mel.
- Que engraçado. Pois, mas o meu afilhado só descobriu que tinha pai há pouco tempo… - Isto parece-me familiar. – Mas sinceramente não sei quem é o pai, a Lizy nunca quis dizer. - :| está tudo explicado. A Mel é prima da filha da mãe da salamandra da Lizy. – Agora também vou lá para saber notícias sobre isso, gostava de conhecer o pai dele.
- Eu sou o pai do teu afilhado, ou seja o pai do filho da tua prima Lizy. – Ela olha para mim boquiaberta. – Ouve lá, mas eles estão onde? – Pergunto eu. Queres ver que a mãe dela me mentiu? Ai mas se mentiu está feita comigo. Vou-lhes tirar o Jack num abrir e fechar de olhos.
- Mas…..mas…..tu … és o pai do Jack? – Pergunta-me ela, um pouco alterada – Logo vi que não prestavas! Como é que tiveste a lata de deixar a minha prima sozinha e grávida? Hã? Não tens mesmo vergonha na cara. Tu rejeitaste o teu filho. Achas que isso se faz? – Pergunta-me ela, elevando a voz. Ai mas aquela Lizy vai pagá-las. Então eu para a família dela é que sou o mau da fita, estou a ver que sim! E a menina Lizy e a sua mamã é que criaram esta mentira toda.
- Ouve lá, mas tu por acaso conheces-me de algum lado para falar assim de mim? A parva da tua prima nunca me disse que estava grávida de mim. E se ela ficou grávida foi porque ela quis! Isto foi tudo armação dela. Há três meses atrás descobri a coisa mais importante da minha vida. – Deixo cair uma lágrima, mas limpo-a rapidamente. – E agora a tua prima quer tirar-ma.
- Espera lá…mas eu já não estou a perceber nada…..
- Ela fez um escândalo por causa de eu ter mostrado uma cena ao Jack, e eu disse-lhe que se ela voltasse a fazer alguma coisa do género tirava-lho. Então ela fugiu com o Jack, e eu fiquei quatro dias sem os ver. Preocupado fui à casa dela, mas já estava à venda. Então lembrei-me que a mãe dela morava lá e perto e fui lá só que aconteceu um imprevisto e tive que ir embora. Mais tarde liguei para a mãe dela e ela disse-me que a Lizy tinha ido com o Jack para Paris. Vim para Paris. Corri tudo à procura deles e nada, afinal era tudo armação! – digo irritado.
- tens a certeza?
- Não brinco com estas coisas. Elas andaram a gozar com a minha cara e eu não admito isso. – olho para ela. Espero bem que acredite porque eu estou a dizer a verdade.
- A minha prima sempre foi estranha Tom. Mas acredita que ela ama mesmo o Jack. Ele é tudo para ela. - Até pode ser tudo para ela, mas para mim também! E graças à priminha dela já não o vejo à uma eternidade…Sim, porque uma semana e meia para mim é uma eternidade. Já podia ter comido umas 11 gajas e estou aqui à procura do meu filho, porque a mãezinha dele deu em brincar às escondidas.
- Pois, e também é tudo para mim. Tu achas que ela tem razão? Achas que ela me pode impedir de ver o meu filho? Ele adora-me, e aposto que deve estar cheio de saudades minhas se a tua priminha já não lhe tiver feito a cabeça.
- Então…era por isso que estavas com aquela cara, há bocado? – Ela olha séria para mim, acho que acreditou no que eu disse. É mesmo verdade. A Lizy não presta, mas que raio de mãe fui eu dar ao meu filho. Mas também não tive escolha….
- Sim…Estou a dar em doido com isto tudo! – Não sei porquê mas acho que estou a ficar com as bochechas vermelhas – Mas eu vou lá a casa da tua tia e levo o Jack.
- Tu é que sabes….
Nas alturas….
Odeio andar de avião, tenho pavor a isto…Mas pelo menos é mil vezes melhor do que perder um filho. Só me apetece desaparecer, sinto-me mesmo mal. Mas porque é que ela fez isto comigo? Não tinha o direito! Olho para lá da janela, e até parece que vejo o Jack desenhado no céu…Gostava tanto que tivesses aqui Jack…seco uma lágrima que escorre pelo meu rosto…odeio quando isto acontece. Os homens não choram!
- Desculpa estar a incomodar-te, mas estás bem? – Não faço a mínima ideia de quem seja, mas pelos vistos viu-me chorar. Isto não podia ter acontecido. Oh mas agora que reparo bem nela, é linda.
- Não é nada, deixa estar. – Viro a cara. Não quero que ninguém me veja assim. Devo ter os olhos vermelhíssimos, ainda a assusto. Oh que disparate, também estou a exagerar. Eu sou lindo por isso não devo ficar assim tão mal.
- A sério, podes desabafar, – ela pega-me na mão. Não resisti e olhei para ela. Tem uns olhos encantadores. Muito bonita mesmo… - Eu sei que estás mal, e escusas de mentir. Dá para ver nos teus olhos. – Será que estão assim tão vermelhos?!
- É verdade….Mas deixa lá. Não tarda e fico melhor. – Volto a olhar para a janela. Confesso que me sinto observado…será que ela ainda não percebeu quem eu sou? Toda a gente me conhece.
- Eu sou a Melanie, Melanie Hagen mas podes tratar-me por Mel. – sorri. Oh meu Deus, ela é uma autêntica perdição. Loira de olhos azuis, tem o nariz perfeito e uma boca bastante apetecível. É muito simpática, mas acho que ainda não me reconheceu.
- Olá, eu sou o Tom Kaulitz... – sorrio. Ela fica um pouco pensativa. Claro. Toda a gente conhece os gémeos Kaulitz. Ela é perfeita…só agora é que reparo...tem as mamas grandes, não muito mas serve. Tem tudo no sítio.
- Eu acho que já ouvi o teu nome em algum lado… - sorri. – Ah já sei…és daquela banda Alemã... – Eu sabia que toda a gente me conhecia. Sou o melhor… - Olha...mas o vocalista é mesmo um rapaz? – Ahahahah se o Bill estivesse aqui já se tinha passado, mas eu sou gémeo dele, se ela quiser eu posso comprovar-lhe que somos meninos…
- Ele é meu gémeo… - Olho para as minhas mãos à espera que ela diga qualquer coisa, o habitual. “Ó a sério? Não parece mesmo nada, tu és muito mais bonito que ele.”
- A sério? Não parece mesmo nada, vocês são os dois meios estranhos…mas pronto. - Mas o que é que ela pensa que é? Todos gostam por isso ela não deve ser excepção! – Vestem-se duma maneira um pouco esquisita. – Hum…ok. Ela chama de estranhos às pessoas que são originais…está certo.
Lar doce lar, de novo em casa e sem novidades. Corre até ao meu quarto, atiro-me para a cama, como sempre, e disco o número de telefone da mãe da Lizy.
Passado 10 minutos…
Vadia, vagabunda, ai mas eu vou acabar com a raça dela. Quando eu lhe puser as mãos em cima vou-lhe arrancar aquelas penas, uma a uma. Ai vou, vou. Com que então a menina Lizy mudou-se para Paris. Mas ela ainda não percebeu que não se pode esconder de mim? Eu vou para lá e é já.
Passou um dia e eu já cheguei a Paris. E agora onde é que eu os vou encontrar? Paris ainda é grande…mas eu faço tudo pelo meu filho! Começo numa ponta da cidade e acabo na outra. Ou então paro um bocado para pensar em tudo isto. Se ela quer fugir de mim…não ia para uma cidade tão conhecida como Paris e dizia à mãe dela para não contar a ninguém…Bem, mas não sei, o melhor é procurar.
Tenho tantas saudades do Jack. Mal posso esperar para o ver e beijar aquelas bochechinhas fofas, como as minhas, pelo menos elas também dizem que eu tenho umas bochechinhas fofas e a minha mãe cada vez que eu vou lá a casa aperta-me as bochechas…Já sou um bocadinho grande para essas coisas não?! Pois é…também tenho saudades da taradice dele, era tão engraçado.
De volta ao Hotel e sem notícias, já contratei pessoal para também procurá-los na cidade. Agora só tenho que esperar…porque é que a mãe dela me ia mentir?! Estou cansadíssimo, acho que nunca andei tanto na minha vida. Ainda por cima estava todo pelintras para ninguém me reconhecer, mas mesmo assim elas faziam-me olhinhos…eu sou demais.
Os dias passam a correr. Já estou aqui à uma semana e não há novidades. Vasculhámos a cidade toda, e nada. Pelos vistos a mãe dela estava enganada…Vou voltar para a Alemanha, lá sempre tenho o conforto da minha família neste mau momento. A Lizy não me podia ter feito isto, eu disse aquilo só para lhe meter medo…e pelos vistos resultou, mas não como eu queria. Que raiva!
No aeroporto, isto está tudo muito calmo, o que não é habitual. Mas também, agora para mim nada é habitual. Parece que está tudo trocado na minha vida…Aconteceu tudo muito depressa e acho que nestes três meses amadureci mais do que durante estes 20 anos…O Anjo estava certo…eu agora sou um pai babado, no entanto perdoar a cabra da Lizy…Nunca! Lá nisso o Diabo tinha razão. Ela é uma víbora, é isso. Imagino o que ela deve estar a falar mal de mim ao Jack. Sempre gostou muito de se fazer de vítima. Ops…está na hora de ir para o avião.
- Olha Tom, tu és um irresponsável. – Pois claro…e ela não, que engravidou porque dizia que estava apaixonada. Que tristeza… - Ele é pequeno. Tu vês bem as coisas que lhe ensinas? Vês? – Ai mas eu tenho-lhe um ódio…O miúdo até está com medo dela.
- Ouve lá, mas tu pensas que és o quê? A super mãe é? Graças a ti, o nosso filho é um inculto, não sabia nada nesse campo. Querias que os amiguinhos dele gozassem com ele? Hã? – Coitadinho do Jack, ele está escondido atrás de mim com medo da mãe.
Ela dá-me um estalo. Possas doeu… E sai com o Jack. Esperem que ela agora vai ver… Eu puxo-a com força para mim, e a aperto-lhe o braço.
- Tu não brincas comigo Lizy. Muito menos dar-me um estalo! Não me queiras ver fora de mim. – Digo eu, sério. Olha tenho que lhe por respeito. – Voltas a tocar-me com essas mãos sujas e eu acabo contigo. – Atiro-a para o chão. – E mais uma coisinha…Voltas a fazer mais um escândalo desses e eu tiro-te o Jack. – Mal disse isto, ela pega na Jack e sai de casa num instante. Pelos vistos resultou.
Passaram quatro dias e ainda não vi o Jack. Nem Jack, nem Lizy. Começo a ficar preocupado. O melhor mesmo é ir a casa dela ver se eles estão lá. Pego nas chaves do carro, agora tenho um porta-chaves novo que o Jack fez para mim, não é nada de especial mas como foi ele que fez vou guardá-lo. Dirijo-me para o meu popó, agora quero ver o que é que se passa.
Finalmente cheguei a casa dela e vejo um placar a dizer “vende-se”! Quê? Mas como é que a casa dela está à venda? Será que ela não tinha dinheiro para pagar as prestações e tiraram-lhe a casa? A culpa é toda minha, eu devia dar-lhe mais dinheiro por mês, em vez de 1000 deviam dar 1500. E agora? Onde é que eles se meteram? Oh meu Deus, e eu não desconfiava que eles estavam a passar por problemas económicos. O melhor é ligar para ela.
Ligo para ela e nada, parece que a chamada foi recusada. Volto a ligar e rejeitam outra vez a chamada. Oh meu Deus queres ver que eles foram assaltados? O meu pequenino pode estar em perigo e eu aqui na boa, eu pago o que quiserem desde que me devolvam o Jack. O melhor é ligar outra vez.
Passaram 20 minutos e ainda estão a recusar as chamadas, se eles tivessem sido assaltados ou até mesmo raptados não iam rejeitar uma chamada do famoso Tom Kaulitz se queriam ganhar dinheiro. Já que ninguém atende vou procurar os familiares dela, acho que a mãe dela mora aqui perto, vou passar por lá.
São 19h, finalmente cheguei à casa da mãe dela. A casa e grande, mesmo muito bonita. O jardim é encantador, cheio de flores de todas as cores, acho que nunca tinha visto tantas flores diferentes. Abro uma cancela e vêm a correr até mim quatro cães enormes com vontade de me morder. Ai mãezinha onde é que eu me fui meter. Dizem que não devemos fugir dos cães, mas se eu não correr o mais que puder, tenho a certeza que me mordem. Corro até ao meu popó e tranco-me no carro. Ops…deixei a cancela aberta e os cães fugiram. :| A mãe dela vai matar-me, ou se calhar até não se eu me pirar daqui o mais rápido possível. Anoto o número de telefone que estava na caixa do correio e arranco.
O filme acabou. Volto com o Jack para o WC e vestimos as nossas roupas normais. OMG o Jack ainda está IN. Digam-me o que é que eu faço a este puto? Ok..eu sou tarado mas ele abusa. :| E se ele chega a casa e tem aquilo assim? A mãe dele vai desconfiar e depois vai-me perguntar o que é que eu tive a fazer com ele e depois vai descobrir que eu e ele fomos ao cinema ver um filme porno e depois vai matar e depois nunca mais vou ver o Jack. O que é que eu faço?
Voltámos para o carro e eu fui levá-lo a casa. Opá ele está tão feliz agora só espero que a mãe dele não descubra senão vai-me fazer a cabeça. Mas porque é que eu estou a falar outra vez na mãe dele? Aquela parva…estragou-me a vida. E ainda ganhou algum dinheiro extra com as entrevistas que deu para as revistar cor-de-rosa a falar mal de mim. Agora ela nem connosco trabalha, foi despedida depois do que fez, bem feito. Aliás ela até falou da nossa noite, que só tinha durado 25 minutos e isso assim…Coitada, se durou pouco a culpa foi dela, uma inexperiente. Ela não interessa mesmo a ninguém…
Estou a caminho de casa no meu popó. Eu acho que este carro foi mesmo feito para mim…também é bonito, elegante, rápido….perfeito. Só agora é que reparo no banco e….:| está roto. AI MAS EU MATO O PUTO. O banco tem um buraquinho, de certeza que foi ele com a porcaria do skate que trouxe no outro dia. Eu tenho que ter uma conversa com ele, este carro é novo! NOVO. Que raiva. Os estofos são em pele e agora? Não quero ver o meu carro com um remendo.
Dirijo-me para casa, tenho que beber para esquecer isto. Tadinho do meu popó :c . Vou para o quarto e atiro-me para a cama. Pois é…agora a minha cama está sempre vazia. Sabem há quanto tempo é que eu não vejo uma fisga? 3 meses...estou-me a aguentar muito bem.
O meu telemóvel está a tocar…não me apetece nada esticar o braço até à mesinha de cabeceira para atender, mas olha…pode ser alguma coisa importante. Lá estico o braço e atendo. É a estúpida da Lizy, ai mas eu vou matar o puto outra vez. Ai vou, vou. Fomos apanhados, aposto que ele lhe contou tudo. Ela está-me aqui a dar um sermão e dizer que eu sou pior que o puto e isso assim….Boa, muito bem menino Jack. Aposto que foi contar à mamã que vimos o filme. Não quero mais conversas com ele, e escusa de fazer carinha de fofo porque eu agora não vou cair nessa outra vez.
[Anjo] Tom…não podes ser assim, ele é uma criança. E para além disso a Lizy tem razão, foste pior que ele. Quando é não, é não. Ele tem que aprender a aceitar um “não” e tu não tens que fazer tudo para o agradar.
[Diabo] Olha Tom...não ligues a esse paneleiro de branco. Se o puto fosse meu filho já tinha apanhado, e não era pouco! E a mãe dele já nem estava aqui para contar a história. Esse puto só te veio criar problemas…tens que te livrar dele.
Parem os dois! Só dizem porcarias…mas e agora o que é que eu faço? Não tarda e a Lizy aparece aqui com o miúdo e eu não posso negar….OK..vá se calhar até fui um bocadinho irresponsável mas ela exagera.
Tal como disse, passaram 10 minutos e eles estão aqui. O puto levou o bilhete para casa como recordação e a jararaca apanhou-o. Fogo! Ela estraga sempre tudo. Ok…fomos ver um filme assim, ele é pequeno e tudo mais, mas também ele qualquer dia ia ver.
Fui à bilheteira novamente e ninguém me reconheceu….Até acho que a rapariga gostou do meu novo visual…estava só a olhar para os meus músculos. Voltei para ao pé do Jack com os bilhetes. Deviam ter visto a cara dele quando me viu com eles, parecia que tinha visto Deus. Vendo bem, nem é assim tão diferente, eu sou o “sex gott”.
Fomos comprar umas pipocas para o filme e depois entrámos. A sala tem muito pouca gente, ou melhor quase ninguém. Bem, é a mesma coisa. O filme tem um bom nome e parece-me ser interessante.
- Papá, vamox pás filas da fente pa vermos melhor. – Diz ele. Não concordo, lá atrás vê-se muito melhor. Mas pronto, ele é pequenino e vou-lhe fazer a vontade. Sentamo-nos na primeira fila e o Jack já começou a comer as pipocas.
Já passaram 45 e cinco minutos de filme, até está a ser interessante, mas já vi bem melhores. O Jack ainda não tirou olho do ecrã e de vez em quando solta uma gargalhada. Começo a assustar-me com o comportamento dele, isto é perversidade a mais para uma criatura tão pequena.
- Pai, a minha pilinha está contente demais… - ele olha para mim, sério. Mau….não estou a gostar da conversa. Será que ele já………alguma vez? – O que é que eu faxo pa ito paxar? – ufff afinal nunca usou as mãozinhas.
- Não fazes nada… Tens que esperar até ser grande para depois poderes fazer aquilo que aqueles senhores estão a fazer. – Apontei para o ecrã.
- Tu já fixeste o que eles estão a faxer? – Ai ai e agora o puto tramou-me. – Como é que ixo xe chama? – Olha sério para mim e abana-me para eu lhe responder. E agora? Bem, o melhor mesmo é contar-lhe, qualquer dia ele vai ter que fazer, e se for como eu, começa bem cedo.
- Já, já fiz. E chama-se sexo. Tu quando fores maior também vais fazer com a tua namorada. – Sorrio para ele. Ok…ele está a olhar para mim confuso, se calhar não devia ter dito que ele ia fazer aquilo com a namorada.
- Mas poque é que faxem ixo? – Ele põe as mãos dele sobre as minhas para eu responder. Boa e agora como é que eu lhe explico isto? Então...eu faço sexo porque é bom.
- Então fazemos isso porque é bom. – Passo a mão pela cabeça. – Digamos que fazemos isto para a nossa pilinha voltar ao normal. – Só espero que ele agora não me faça mais nenhuma pergunta. Acho que respondi à altura.
- Então eu peciso de faxer ixo agora papá!- :| O QUÊ? O meu Deus o que é que eu lhe fui dizer… - E depois também vou deitar aquele líquido branco?
- Não, só as pessoas grandes é que deitam, e tu ainda não podes fazer isso porque senão cai-te o cabelo. – Que desculpa tão esfarrapada, espero bem que ele acredite. – Agora vê o filme que já deve estar a acabar.
Passado 10 minutos volto para ao pé do Jack.
- Então papá? – Pergunta-me ele. Tadinho…queria mesmo ver o filme mas disseram-me que eu era doido e que ele não podia mesmo entrar….Eu tentei oferecer dinheiro mas eles não cederam. Que grandes burros, quem perde são eles.
- Não estamos com sorte…Não podes entrar Jack. Eu tentei de tudo, mas não deu. – Olho para ele, sério.
- Então vou contá à mãe o que encontei no teu computador! – Diz ele, batendo o pé. – Eu queo, queo, e queo. – cruzava os braços e ficava encostado à parede com cara de poucos amigos.
Ela não pode saber que ele apanhou aquilo no meu computador….Eu tenho que arranjar maneira dele entrar….Mas como? Bingo! É isso. Vou vestir o Jack de anãozinho, assim não têm com que reclamar.
Levo o Jack até algumas lojas, fazemos algumas compras e depois dirijo-me para o WC com ele.
- Pai, poque é que compraste uma almofada? – Pegava na mesma. A Almofada era quase do tamanho dele. Vou ter um trabalhão mas vale a pena. Vamos conseguir entrar e o puto não se vai chibar à mãe.
- Vou-te vestir a homem, um homem gordo, – riu-me. Visto-lhe umas calças e depois ponho-lhe uma almofada presa nas mesmas. Em seguida, visto-lhe uma camisa e por fim uma boina e um belo bigode preto. Tadinho dele.
- Papá, eu não goto disto. Mal consigo andá…. – Ele tenta mexer-se. Parece mesmo um anãozinho. Acho que depois disto ninguém vai suspeitar. Mas eu também comprei umas roupinhas para mim, senão eles iam perceber que eu era o mesmo tipo de há bocado e não iam acreditar na cena do anão.
Sinto-me não mal, estou vestido a paneleiro. Com umas calças amarelas coladas ao pacote, com uma camisa aberta e com uns óculos de sol rosa choque em forma de coração….Ah e esqueci-me de falar do cabelo…tenho uma peruca tipo a Elvis presley. Estou ridículo. O que eu faço pelo meu filho.
- Não, aqueles que elas estão nuas com senhores…. – ele com um sorrisinho para mim. Este puto sabe demais… - A minha pilinha fica feliz :D – OMG ok..ele sim é pior que eu, muito pior.
- Ouve lá puto….onde é que tu encontraste isso? – Faço um esforço para não me rir. – Isso não é para a tua idade, sabias?!
- Tava no teu computador…pai – OMG como é que ele achou aquilo? Estava bem guardadinho. – E como se chamava “Branca de Neve e os Sete Anões”, penxei que foxe com bonecos. – Quê? Ele também sabe ler? Pois nesse assunto já não sei onde é que ele foi puxar, porque eu só aprendi a ler com 8 anos.
- Quê? Tu já sabes ler? – pergunto-lhe eu. Não é normal um miúdo com 5 anos saber ler.
- xim já, a minha mãe ensinou-me as letras e exas coisas e depois fui lendo. Mas também eu já sou grande… - ele cruza os braços, é tão engraçado.
- Está bem…Mas olha nada de contar à tua mãe que viste aquilo no meu computador. – Se ele contar eu estou feito. A jararaca vai comer-me vivo, bem…e isso é o que ela quer, comer mas doutra forma…
- Xó xe formos ao xinema ver um filme dexes. – Quê? Ai…e agora o que é que eu faço? O puto não pode entrar. Tenho que o chantagear com alguma coisa…Já sei..gomas.
- Olha, tu não podes entrar num filme desses, mas se quiseres depois de irmos ver um filme de desenhos animados, e depois podíamos ir comprar todas as gomas que tu quiseres… - sorrio. – O que dizes fofinho?
- Na na na na na. Achas que vou trocar um filme dexes por gomas? Nem penxar! – Mas que mal é que eu fiz a Deus para merecer isto? E agora como é que eu faço para ele entrar? Posso pagar-lhes mais……Vamos ver.
Chegámos ao shopping. Está tudo muito calmo e eu vim bem disfarçado, por isso acho que não vai haver problema. Chegamos à bilheteira e o Jack pega num panfleto com os filmes disponíveis para hoje. Ele olha atento para aquilo e depois dá uma pequena risada.
- Papá, queo este! – Apontava para um filme porno, tal como eu suspeitava. – Xão as “Devoradoras de paus” deve xer giro. Podemos? – Ele começa a fazer-me olhinhos. Oh isto é tortura, ele sabe que eu não resisto.
- Vamos ver! - Respondo-lhe, dirigindo-me à bilheteira para resolver o assunto.
''25 minutos com tom kaulitz''(27)
''sentimento transparente''(1)
''will we remain unchanged?''(30)
'down on you'(24)
'não podia ser melhor ou pior'(50)
'one shot a felicidade faz-se a dois'(1)
'one shot the same mistake'(1)
'one shot unbreakable heartaches'(1)
'one-shot:''finalmente paz!'(1)
'uma viagem que mudou tudo...'(46)
'uma viagem que mudou tudo...'-2ºtem(27)
eu apoio-te'(1)
heartbreaker(20)
my love'(1)
one-shot:''falling for you...'(1)
one-shot:''finalmente juntos!''(1)
one-shot:''love is not death.''(1)
oneshot:''independentemente do que for(1)
ost:"a saudade é a prova de que o passad(1)